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Brasil volta à Inglaterra para o Mundial de natação paralímpica

Delegação composta por 29 atletas pousará nesta sexta-feira (28), no Reino Unido, depois de uma semana de aclimatação em Portugal

Lucilene Sousa, Matheus Rheine, Carol Santiago e Douglas Matera exibem suas medalhas no pódio, na Ilha da Madeira, Portugal (Foto: Alessandra Cabral/CPB)
(Foto: Alessandra Cabral/CPB)

A Seleção Brasileira chegará nesta sexta-feira (28), em Manchester, na Inglaterra, sede do Mundial de natação paralímpica, que acontece entre os dias 31 de julho e 6 de agosto. A competição volta para o Reino Unido após quatro anos, depois da edição de Londres 2019, ocasião em que o Brasil ficou na 11ª posição ao conquistar 17 medalhas, sendo cinco ouros, seis pratas e seis bronzes.
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Entre os dois torneios na Inglaterra, houve o Mundial de Portugal, em 2022, oportunidade em que a seleção fez a melhor campanha de sua história. O Brasil ficou na terceira colocação, com 53 pódios (19 ouros, 10 pratas e 24 bronzes. Dessa forma, os brasileiros registraram um aumento de 211% em medalhas obtidas antes de o Mundial retornar para a Inglaterra. Confira a convocação completa para a edição de 2023 através deste link.

Além do crescimento em número de pódios, a Seleção Brasileira também registrou mais nadadores medalhistas na comparação entre Londres e Ilha da Madeira. Há quatro anos, na capital inglesa, oito atletas do Brasil subiram ao pódio, contra 26 em Portugal. Ainda nesse período, o país também teve um desempenho histórico nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, em meio à pandemia de Covid-19. No megaevento, os nadadores brasileiros conquistaram 23 medalhas (oito de ouro, cinco de prata e dez de bronze) e terminaram a competição em oitavo lugar – tanto no ranking por medalhas de ouro, quanto pela soma geral dos pódios.

Fala do técnico-chefe Leonardo Tomasello

Para o técnico-chefe da Seleção Brasileira de natação paralímpica, Leonardo Tomasello, a melhora dos resultados na modalidade é fruto de um maior investimento feito pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), bem como da preparação dos atletas em seus estados natais.

“Hoje, vemos atletas com equipes multidisciplinares em diversas regiões do país. Além disso, há os Centros de Referência do CPB, com oferta de estrutura e capacitação para nadadores e treinadores em todo o território nacional. Tudo isso se reflete no desempenho da Seleção nas competições internacionais. Para o Mundial de Manchester, estamos com uma equipe bastante qualificada e experiente. A expectativa é de que consigamos fazer uma excelente campanha novamente”, avaliou o treinador.

Sobre a competição e a delegação brasileira

O Mundial de natação paralímpica de Manchester ocorrerá entre os dias 31 de julho e 6 de agosto no Manchester Aquatics Centre. A Seleção Brasileira é composta por 29 atletas, sendo que são 15 mulheres (51,7%) e 14 homens (48,3%).

Parte da delegação pousará na cidade inglesa nesta sexta-feira, 28, depois de uma semana de aclimatação em Rio Maior, Portugal. O nadador mais novo é o paulista Samuel de Oliveira, com 17 anos, nascido no dia 28 de agosto de 2005. Já a mais velha, é a gaúcha Susana Schnarndorf, de 55 anos, que nasceu no dia 12 de outubro de 1967.

Além disso, cinco atletas são atuais detentores de recordes mundiais: Carol Santiago, da classe S12, Gabriel Araújo (S2), Gabriel Bandeira (S14), Samuel Oliveira (S5) e Talisson Glock (S6). Ao todo, os cinco brasileiros são donos de nove melhores marcas do planeta. No entanto, apenas três dessas provas estarão em Manchester: 50m livre da classe S12, 100m borboleta e 200m medley da classe S14.

O maior medalhista brasileiro na competição nesta atual delegação é o pernambucano Phelipe Rodrigues, com 17 conquistas em seis edições. No Reino Unido, ele buscará seu 20º pódio em Mundiais.

Critério para a composição do Time Brasil

Por fim, em relação às deficiências, a delegação é composta por cinco nadadores com deficiência visual (17,2%), cinco com deficiência intelectual (17,2%) e 19 com comprometimentos físico-motores (65,6%).  Para compor a delegação brasileira, 21 nadadores atingiram índices estipulados pelo CPB em duas seletivas: o Open Internacional de natação e a 1ª Fase Nacional do Circuito Loterias Caixa da modalidade. Além disso, outros oito atletas estão presentes por conta do Índice Mínimo de Qualificação (MQS, na sigla em inglês) do Mundial e por terem as melhores marcas para revezamentos.

*Com informações do Comitê Paralímpico Brasileiro

Jornalista capixaba formado na PUC-SP e amante dos esportes olímpicos e paralímpicos.

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