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Brasileiro de atletismo terminou com 11 recordes internacionais

A destaque do torneio foi a paulista Beth Gomes, que bateu três marcas mundiais

Samuel Conceição (à frente), um dos recordistas do Brasil, compete prova durante o Campeonato Brasileiro de atletismo (Foto: Alexandre Carvalho/CPB)
(Foto: Alexandre Carvalho/CPB)

O Campeonato Brasileiro Loterias Caixa de atletismo terminou neste sábado (17), com três recordes mundiais e oito das Américas quebrados pelos atletas convocados para a Seleção Brasileira que irá ao Mundial de Paris, do dia 7 até 18 de julho. A competição nacional aconteceu no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, e contou com 612 atletas de 21 estados e do Distrito Federal inscritos em provas de pista e campo deste a última quinta-feira (15). No domingo (18), 21 selecionados estarão ainda no Desafio CPB / CBAt da modalidade, que ocorrerá no CT Paralímpico, a partir das 8h30.
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O último atleta convocado para o Mundial a bater um recorde foi o paulista Samuel Oliveira Conceição, que atingiu a melhor marca das Américas neste sábado no salto triplo, pela classe T20 (deficientes intelectuais), ao saltar 13,40m. De acordo com o site do Comitê Paralímpico Internacional, o atleta ultrapassou os 12,57m atingidos pelo argentino Omar Villamarin em 2017, em Londres.

No mesmo dia, Samuel ainda competiu nos 400m e fez o tempo de 47s52, próximo da sua melhor marca, 47s14. “Foi uma corrida muito boa. Estou fazendo a média dos tempos que fiz esse ano, mas espero melhorar mais”, afirmou o atleta na live do Youtube do CPB.

Beth Gomes é destaque

Dentre os recordistas, a também paulista Beth Gomes, 58, conquistou três marcas mundiais no Brasileiro. A primeira delas foi no arremesso de peso, quando anotou 7,16m. Já a segunda, ocorreu no lançamento de disco, com 16,80m. Por fim, a terceira saiu no lançamento de dardo, com 13,59, todos recordes pela classe F53 (cadeirantes). A atleta, diagnosticada com esclerose múltipla há 30 anos, quebrou também três marcas das Américas nas mesmas provas. 

“Foi um Campeonato Brasileiro muito marcante para mim, com a conquista dos três recordes mundiais. O tempo com muito frio e chuva dificultou bastante, mas conseguimos fazer excelentes marcas. Isso dá ainda mais motivação para a gente chegar bem no Mundial para buscar bons resultados para o Brasil”, afirmou.   

Já a amapaense Wanna Brito atingiu o melhor índice continental e superou a sua própria marca no arremesso de peso, na classe F32 (para atletas com paralisia cerebral) ao anotar 7,35m. Ela registrou ainda mais dois recordes das Américas: 24,34m pelo lançamento de club, e 11,99m, no lançamento de disco.

O paulista Matheus de Lima, com 11s65 nos 100m pela classe T44 (deficiência dos membros inferiores), também foi outro integrante da Seleção Brasileira a colocar seu nome no topo dos recordes do continente.

Mais recordes

Entre os atletas que não foram convocados ao Mundial, tornaram-se ainda novos recordistas das Américas no Brasileiro de atletismo Sueli Pereira Soares, pela classe F46 (para amputados ou com deficiência nos membros superiores), com 31,19m no lançamento de disco, e Romildo Pereira dos Santos, com 6,56m no salto em distância da classe T44 (deficiência nos membos inferiores).

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) passou a organizar os Campeonatos Brasileiros a partir de 2018. Desde então, apenas em 2020 não houve competições devido à pandemia de Covid-19.

O Campeonato Brasileiro atende a todos os critérios estabelecidos pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC), mas todos os recordes registrados na competição ainda necessitam ser homologados pela World Para Athletics (WPA), braço do IPC que rege o atletismo paralímpico mundial.

*Com informações do Comitê Paralímpico Brasileiro

Jornalista capixaba formado na PUC-SP e amante dos esportes olímpicos e paralímpicos.

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