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Não só Carol: Gabrielzinho e Wendell também dominam em Santiago

Carol pode ter Santiago no nome, mas Wendell e Gabrielzinho também coletam ouros na piscina do parapan

Carol Santiago Wendell Belarmino Gabriel Araújo natação jogos parapan-americanos santiago-2023
(Marcello Zambrana/CPB)

Nos países latino-americanos a ordem dos nomes é diferente. Portanto, Carol Santiago é sempre balizada como Maria Gomes nos Jogos Parapan-americanos de Santiago-2023. Mesmo sem levar a capital chilena no nome “oficial”, a nadadora brasileira tem conquistado o público presente no Centro Aquático. Na manhã desta quarta-feira (22) o fenômeno brasileiro levou dois ouros em menos de uma hora, sempre com Luciene da Silva Sousa a seu lado.

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Os nadadores brasileiros não param de impressionar. Se Carol Santiago levou dois ouros em uma hora, Wendell Belarmino se destaca como um dos principais nomes dos Jogos Parapan-americanos. O nadador brasileiro já acumulou cinco ouros em Santiago-2023. Nesta quarta, teve mais uma dobradinha com José Perdigão, que subiu pela quarta vez ao pódio.

E o que dizer do carisma e talento de Gabriel Araújo, o Gabrielzinho, que levou sua terceira medalha dourada da edição – sempre com o chileno Alberto Abarza levando a prata. Se por um lado, a torcida chilena deve ficar triste por não ver seu porta-bandeira da cerimônia de abertura levar um ouro, podem ver a estrela da natação competir com um dos melhores do mundo.

Com as provas do início da sessão, o Brasil acumulou seis ouros, duas pratas e dois bronzes, subindo portanto dez vezes ao pódio na natação.

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Jornada dupla para Carol Santiago e Lucilene

Maria Carolina Santiago e Lucilene da Silva Sousa tiveram jornada dupla nesta manhã. Às 10h14 elas estavam balizadas para a final dos 100m livre da S12. E não deram chance para as rivais. Carol Santiago levou o ouro com 1m00s12, pouco a frente de Lucilene, prata com 1m02s10. A venezuelana Belkis Mota foi bronze com 1m08s00.

Menos de uma hora depois, Carol Santiago e Lucilene voltaram à piscina para subir novamente ao pódio. Carol conquistar seu segundo ouro da manhã, terceiro individual e quarto no total. Desta vez, o ouro foi nos 50m livre S13. Ela brigou por boa parte da piscina com a norte-americana Grace Nuhfer mas ganhou força no fim e sagrou-se campeã com 27s18, batendo seu próprio recorde Parapan-americano de Lima-2019. Nuhfer fechou em 27s90, recorde parapan da S12, que era da Rio-2007. 

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Lucilene da Silva Sousa, companheira de Carol no ouro no 4x100m medley misto 49 pontos levou o bronze com 28s62. Dessa forma, Luciene completou sua coleção de medalhas, já que tinha sido prata nos 100m atrás justamente de Carol. A multicampeã Carol Santiago também foi ouro nos 100m peito.

5x Wendell

O quinto ouro de Wendell Belarmino nos Jogos Parapan-americanos de Santiago-2023 veio com recorde parapan. Ele completou os 100m costa S11 com 1m13s64, a frente do colombiano Leider Lemus, que fez 1m16s81. Já José Luiz Perdigão bateu na batida de mão o argentino Serigo Zayas para conquistar o seu quarto bronze em terras chilenas.

Zayas terminou em quarto e era o antigo dono do recorde parapan, alcançado em Lima-2019, onde foi medalha de ouro. O atleta de apenas 33 anos tem uma larga carreira, e esteve aos 13 anos nos segundos Jogos Parapan-americanos, em Mar del Plata-2003.

Gabrielzinho 3×0 Abarza

Gabriel Araújo, o Gabrielzinho não deu qualquer chance aos adversários e venceu a prova dos 50m nado livre para atletas S2 com 52s09, quase quatro segundos melhor do que o recorde Parapan-americano que já tinha sido alcançado na véspera na primeira virada dos 200m livre.

Como o ouro já estava assegurado, a torcida chilena conseguiu então focar suas atenções na disputa pela prata. Alberto Abarza foi o porta bandeira do Chile na cerimônia de abertura e disputa cinco provas em Santiago-2023, todas contra Gabrielzinho. Nas duas anteriores, duas pratas… sempre atrás do brasileiro. E não foi diferente nesta quarta. O público presente vibrou muito com Alberto Abarza que terminou em segundo lugar, com 1m02s33, a frente do mexicano Cristofer Tronco, portanto medalha de bronze. 

O astro chileno tentará mais pódio nos 50m costas nesta quinta (23) e nos 100m livre na sexta (24), mas sempre com as mesmas provas que falta para Gabrielzinho. O seu tempo foi tão bom que ficou próximo ao recorde mundial do chinês Zou Liankang, de 50s65, alcançado ainda nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro. Será que vem aí em Paris-2024?

Interessado em cinema, esporte, estudos queer e viagens. Se juntar tudo isso melhor ainda. Mestrando em Estudos Olímpicos na IOA. Estive em Tóquio 2020.

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