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Pandemia atrasa escolha para sede do Pan-Americano de 2027

Enquanto os Jogos de Santiago seguem com sua preparação normal, o mesmo não se pode dizer sobre a edição seguinte

Panam Sports Bueno Aires
Buenos Aires, que organizou a Olimpíada da Juventude de 2018, mostrou intenção, antes da pandemia, em receber o Pan de 2027 (Arquivo/Panam Sports)

Se algum incauto ainda acredita na tal balela de “novo normal”, expressão que irritantemente foi cunhada nestes tempos de pandemia do coronavírus, é bom rever seus conceitos. Em relação à organização de eventos esportivos, até para os que ainda não foram confirmados, a história é um pouco mais complexa. Que o diga a Panam Sports, que está quebrando a cabeça para definir a sede dos Jogos Pan-Americanos de 2027.

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Segundo relatou o site “Around the Rings”, na última semana os dirigentes da Panam Sports realizaram uma reunião virtual de seu comitê executivo. Entre os temas da pauta, estava tratar do início da corrida eleitoral para definir a sede do Pan-Americano de 2027, edição que sucederá os Jogos de Santiago-2023.

A revolução no mercado de eventos esportivos causada pela pandemia afetou os planos da entidade, que planejava abrir a candidatura em janeiro de 2021. Mas precisou rever os planos. De acordo com o chileno Neven Ilic, presidente da Panam Sports, o processo começará apenas em janeiro de 2022. Com isso, a sede do Pan de 2027 deverá ser anunciada no segundo semestre de 2022, na Assembleia Geral da entidade que está programada para Santiago.

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“Espero que até lá os países estejam em melhores condições financeiras para enfrentar este desafio”, disse Ilic ao “Around the Rings”.

Efeito cascata

Antes da pandemia começar, especulava-se nos bastidores da Panam Sports que as cidades de Buenos Aires (ARG), Barranquilla e Bogotá (COL) estariam interessadas em receber o Pan de 2027.

A entidade esportiva das Américas está sentindo de perto aquilo que o COI (Comitê Olímpico Internacional) passou este ano. Primeiro, com o inédito adiamento da Olimpíada de Tóquio, que será realizada em julho do ano que vem. Nunca na história os Jogos Olímpicos foram adiados, apenas cancelados, fato que nem consta na Carta Olímpica.

Mais grave ainda foi o adiamento da Olimpíada da Juventude, que estava marcada para 2022, em Dacar, no Senegal. Neste caso, a medida foi ainda mais radical, com o COI empurrando a competição para 2026. Na prática, uma geração inteira de jovens atletas não terá a oportunidade de disputar os Jogos da Juventude, que permite a primeira vivência olímpica para atletas de 15 a 18 anos.

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Se somarmos nesta lista os diversos Mundiais adiados, remanejados ou mesmo cancelados, em diversas modalidades, já dá para ter uma noção do estrago que a pandemia trouxe para o mundo do esporte neste 2020 que entrou para a história. Por isso, pergunto: isso lá pode ser considerado o “novo normal”?

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