Pouca gente no Brasil já viu uma partida de lacrosse ou sequer conhece a modalidade. Mas esse esporte, que mistura elementos do hóquei, do futebol e até do basquete, está prestes a conquistar os holofotes mundiais. Tradicional no continente norte-americano, o Lacrosse integra o programa dos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028 e retornando às Olimpíadas.
O lacrosse tem uma origem ligada à cultura indígena norte-americana. O “esporte” era uma forma de celebração espiritual e até treinamento de combate entre os guerreiros dos povos nativos conhecidos como iroqueses. Com a chegada dos colonizadores que tomaram as terras ‘canadenses’ e ‘estadunidenses’, a prática foi sendo adaptada e se transformando em uma modalidade esportiva.
Lacrosse olímpico
O lacrosse já esteve nos Jogos Olímpicos de forma demonstrativa em 1904 e 1908, mas nunca como modalidade oficial. Agora, em 2028, será no formato Sixes, uma versão reduzida e dinâmica, com seis jogadores por equipe (incluindo goleiro), partidas mais curtas e maior apelo visual e ideal para o público moderno e transmissões televisivas.
Os atletas de cada time utilizam bastões (sticks) com uma rede na ponta para carregar, passar e arremessar uma pequena bola de borracha. O objetivo é marcar gols na baliza adversária. O campo tem dimensões de 70m x 36m com gols a 10m das linhas finais. Além disso, as partidas ocorrem em quatro períodos de oito minutos.
Formação no Brasil
O Lacrosse representa um fenômeno especial na história do esporte no Brasil. Isso porque, diferentemente do habitual, a modalidade chegou ao país pelo Norte e não pelo Sul e Sudeste. Algo inédito e destacado pelo presidente da Confederação Brasileira de Lacrosse Manuel Elbio Aquino Sequeira.
A modalidade foi introduzida no país em 2022 por Cristina Velez e Sérgio Madrigal, ex-atletas que defenderam as seleções nacionais da Espanha e Colômbia, respectivamente, e que fazem parte da World Lacrosse. Eles tiveram as portas abertas para a divulgação do Lacrosse na Universidade Ulbra Santarém, onde Manuel era diretor e coordenador do curso de Educação Física.
Por ser uma modalidade bastante recente, o Brasil ainda não tem a capacidade de formar uma seleção competitiva em solo nacional para os Jogos de Los Angeles 2028. Por isso, a Confederação Brasileira de Lacrosse aposta em um time base composto por atletas que são filhos de brasileiros mas que moram e praticam o esporte nos Estados Unidos.
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