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Ginástica Artística

Brasil fica sem vaga por equipes, mas garante dois atletas em Paris-2024

Brasil termina em 13º lugar e fica a 0.166 de classificar equipe para Paris-2024. Ainda assim, ganhou duas vagas individuais

Diogo Soares durante apresentação no cavalo com alças do Mundial de ginástica artística; ele garantiu vaga olímpica
(Foto: Ricardo Bufolin/CBG)

Encerradas todas as subdivisões da qualificatória masculina, o Mundial de ginástica artística distribuiu 56 vagas olímpicas para Paris-2024 na manhã deste domingo (1º). O Brasil brigava para ter sua equipe para os Jogos, mas terminou em 13º lugar na classificatória, a apenas 0.166 pontos da Ucrânia, que ficou no limite da zona de classificação. Ainda assim, assegurou duas vagas na Olimpíada: uma com Diogo Soares, que ficou em 26º no individual geral e se classificou para a final, e outra “extra”, obtida pelo desempenho do time brasileiro no quali.

Para que o Brasil classificasse sua equipe masculina para Paris-2024, precisaria terminar o Mundial da Antuérpia, na Bélgica, entre as 12 primeiras colocações. O time brasileiro se apresentou logo na primeira subdivisão, ainda no sábado. Mesmo com as ausências de Caio Souza e Arthur Zanetti, dois desfalques de peso, a equipe teve um bom desempenho e anotou 245.295 pontos. A partir daí, passou a “secar” os demais países. No entanto, a tentativa de torcer contra não deu totalmente certo e o Brasil acabou em 13º lugar.

Equipe do Brasil no Mundial de ginástica artística
(Foto: Ricardo Bufolin/CBG)

A Ucrânia, último país a garantir vaga por equipes, marcou 245.461, menos de dois décimos a frente do Brasil. O time brasileiro também ficou atrás de Espanha (247.795), Turquia (247.692) e Holanda (246.028). O Japão, com 258.228, foi o líder da qualificatória. Estados Unidos (254.628), Grã-Bretnha (254.193), Canadá (249.260), Alemanha (248.862), Itália (248.796), Suíça (248.192) e China (248.163) ficaram no top-8 e se classificaram para a final.

Vagas olímpicas obtidas

Seguindo os critérios de classificação olímpica da ginástica artística, esta foi a última oportunidade para garantir uma equipe em Paris-2024. Portanto, o Brasil não terá seu time masculino nos Jogos Olímpicos pela primeira vez desde Londres-2012. Apesar disso, os países sem equipe classificada poderão ter até três atletas competindo nas disputas individuais da Olimpíada. Com os resultados na Antuérpia, o Brasil já assegurou duas cotas.

Isto porque os países ranqueados entre a 13ª e 15ª colocação na disputa por equipes do Mundial podem ter um atleta em Paris. O Brasil garantiu uma das vagas através desse critério. A cota não é nominal, ou seja, caberá à Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) determinar quem ficará com ela – podendo, inclusive, ser utilizada por Caio Souza, principal generalista do país e que está lesionado. A outra veio com Diogo Soares, que se classificou para a final do individual geral do Mundial após ser 26º lugar na qualificatória.

Arthur Nory em ação na barra fixa do Mundial de ginástica artística
(Foto: Ricardo Bufolin/CBG)

O Brasil ainda poderá obter uma terceira vaga neste Mundial. Arthur Nory se classificou para a final da barra fixa após marcar 14.133, a nona melhor nota da qualificatória (houve três japoneses a sua frente, por isso, ele ficou com a última vaga para a final). Na decisão, que ocorrerá no próximo domingo (8), ele precisará ficar a frente do croata Tin Srbic, que anotou 14.433 no quali, para ficar com a vaga destinada ao “especialista”. Diogo Soares e Arthur Nory, aliás, são os únicos finalistas brasileiros neste Mundial. Outro brasileiro no individual geral, Patrick Sampaio foi o 35º colocado, com 80.0666.

Paulistano de 22 anos. Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Estou no Olimpíada Todo Dia desde 2022. Cobri os Jogos Mundiais Universitários de Chengdu e os Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023.

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