Pouco mais de sete mil torcedores acompanharam a emocionante vitória da seleção brasileira de futebol feminino diante do Japão nesta quinta-feira (30), na Neo Química Arena, em São Paulo (SP). A maior parte deles eram familiares de jogadoras ou crianças da região que ganharam ingressos de convidado. Esse baixo número de espectadores se deu muito conta do horário do jogo, que começou às 15h15 de um dia útil. Ao final da partida, o técnico Arthur Elias e a jogadora Tamires falaram sobre a escolha ruim.
- Ana Sátila fatura mais um ouro, agora no Caiaque Cross, em Ivrea
- Thiago Wild cai diante de Alcaraz no Masters 1000 de Madri
- Sesi Bauru vence Vôlei Renata é campeão da Superliga
- Saiba onde assistir: Flamengo x Santos – Brasileiro Feminino
- Brasil bate Cuba e conquista título pan-americano por equipes
“É uma questão de logística. Torcedores a gente tem, brasileiro torcendo pela seleção feminina nós temos. Acho que fica esse ponto de alerta para quem está construindo o futebol feminino junto com nós, para pensar nessa questão dos horários. Porque um jogo de semana, três e quinze da tarde, a gente sabia que a Néo Química provavelmente não estaria cheia. Mas quem veio, a gente agradece. Quem acompanhou pela TV, também. Agora, é pensar em talvez colocar o jogo mais para noite, para que a gente possa ter um público ainda maior”, disse Tamires.
Paradoxo
Tamires é jogadora do Corinthians e, quatro dias antes de vestir a Amarelinha, estava na mesma Neo Química Arena disputando a final do Paulistão Feminino – o Corinthians derrotou o São Paulo por 4 a 1 e sagrou-se campeão. Na ocasião, um domingo de manhã, as arquibancadas da arena estavam lotadas, contando com a presença de quase 40 mil torcedores. O público foi o maior do Brasil naquele dia, considerando também os jogos do futebol masculino.
“A minha resposta e acho que a de todo mundo que trabalha na área é de que o horário das quinze horas, no meio da tarde, e pela manhã também, são horários ruins para se jogar futebol. Agora, tem toda uma questão do porquê esses horários são colocados e eu não tenho acesso a todas as informações. Mas acredito que um dos fatores foi a reta final do campeonato masculino e aí as duas coisas concorreriam”, falou Arthur Elias, treinador da seleção brasileira.
Busca por aproximar o torcedor
Arthur Elias ficou sete anos a frente do Corinthians antes de assumir a Canarinho. Campeão de tudo enquanto esteve a frente do Timão, ele foi um dos responsáveis por formar o legado que a equipe hoje possui no futebol feminino. Contra o Japão, ele comandou a seleção brasileira pela primeira vez em território nacional. Assim como aconteceu quando estava no Corinthians, ele também quer trazer o torcedor para próximo da seleção.
“Apesar de tudo, foi incrível ver o torcedor apoiando e estando aqui. E é uma missão que nós temos, de quando jogar dentro e fora do Brasil, a seleção brasileira feminina ser orgulho do nosso país, fazer um futebol encorajado, que o brasileiro goste de ver, fazendo jogos emocionantes como foi hoje. Tudo isso vai trazendo o torcedor cada vez mais. Mas eu espero que a gente consiga jogar em horários melhores depois”, completou.
O Brasil ainda jogará duas vezes nesta Data Fifa do final do ano. A equipe enfrentará o Japão outra vez neste domingo (3), às 11h, no estádio do Morumbi, em São Paulo (SP). Os ingressos estão à venda aqui. Em seguida, a seleção partirá para Araraquara, ainda no estado de São Paulo, para jogar contra a Nicarágua, na quarta-feira (6), às 18h, na Arena Fonte Luminosa. Os ingressos estão à venda aqui.
