Siga o OTD

Dicas de viagem

Guia sobre como gastar menos em uma viagem internacional

Saiba como fazer uma viagem internacional, seja para competir ou para torcer, da maneira mais econômica possível

Letícia Bufoni disputa competição numa viagem a Paris, em frente à Torre Eiffel
Red Bull Content Pool

Atletas, que costumam viajar o mundo para disputar competições, precisam ter planejamento detalhado e organização financeira consistente para conseguir viabilizar seu calendário. O mesmo acontece com torcedores, que guardam dinheiro para assistir de perto uma Copa do Mundo, uma edição de Mundial de sua modalidade preferida ou mesmo aos Jogos Olímpicos. Nem sempre a tarefa é simples porque muitas vezes os orçamentos são limitados. Mas o Olimpíada Todo Dia traz nesta página dicas para fazer uma viagem internacional o mais econômica possível. A ideia aqui é comparar os custos e mostrar o que é mais barato entre conta internacional, dinheiro em espécie, cartão de viagem pré-pago ou cartão de crédito.

A resposta é simples: a melhor opção é a conta internacional, como a lançada recentemente pela fintech Abrão Filho. Com ela, o câmbio é mais barato, já que é baseado na cotação comercial e não na de turismo, além do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) é menor do que o praticado nas outras modalidades.

Para exemplificar, fizemos uma simulação de uma viagem de 15 dias a Paris, cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2024. Para facilitar as contas, fechamos a cotação do dólar em R$ 5,20. O valor total do orçamento é de US$ 3150,00, divididos em US$ 900 para a passagem aérea, US$ 1500 para hospedagem (diária de US$ 100) e US$ 750 de alimentação (US$ 50 por dia).

Conta intenacional

Na conta internacional da Abrão Filho, não há taxa de abertura. Basta baixar o aplicativo e fazer um cadastro rápido para ter a conta aprovada em até dois dias úteis. A partir daí, o usuário deposita em reais o valor desejado e faz o câmbio para o dólar. Para ter os US$ 3150 necessários para a viagem, o custo vai ser de R$ 16.878,64 com os gastos feitos a partir do cartão de débito da conta interrnacional.

O valor é o mais barato porque parte da cotação comercial (R$ 5,20) com 2% de spread cambial (R$ 16.695,00) e apenas 1,10% de IOF (R$ 183,65).

Moeda em espécie

Depois da conta internacional, a modalidade mais barata é levar moeda em espécie para a viagem, mas tem o desconforto de, num mundo cada vez mais digital, o viajante ter que levar dinheiro físico na carteira.

Para comprar a moeda em espécie, é preciso procurar uma casa de câmbio, que vai converter o valor em cotação de turismo (R$ 5,40) com IOF de 1,10%. Assim, os US$ 3150,00 vão sair por R$ 17.197,11, quase 2% mais caro do que a conta internacional. A economia para esta hipotética viagem a Paris será de R$ 318,47.

A diferença, no entanto, pode ser maior porque o spread cobrado pelas casas de câmbio é variável. Por isso, se a opção de levar moeda em espécie for a escolhida, é preciso fazer uma pesquisa para encontrar a casa de câmbio com menor spread possível.

Cartão de crédito

No cartão de crédito, o câmbio também é baseado na cotação comercial, mas você paga 5,38% de IOF a cada transação. Outro inconveniente é que não é possível se proteger da variação cambial porque a conversão é realizada cada vez em que o cartão for utilizado. Na conta internacional, o cliente pode comprar a moeda no melhor momento e deixar o valor guardado na conta para a viagem. Além disso, o cartão de crédito costuma ter taxas de anuidade.

Na nossa simulação, não colocamos nem a possível variação cambial e nem as taxas cobradas pelo banco, mas, ainda assim, os US$ 3150 saem por R$ 17.593,19 com R$ 5,20 na cotação comercial, 2% de spread e 5,38% de IOF.

Na comparação com a conta internacional, para a viagem hipotética a Paris, o gasto vai ser, no mínimo, R$ 714,55 maior com o cartão de crédito. Ou seja, o valor é 4,07% maior.

Cartão Pré-Pago

Das quatro modalidades analisadas, a mais cara de todas é o cartão de viagem pré-pago, que usa a cotação turismo (R$ 5,40) e IOF de 5,38%. Outro inconveniente, é que o cartão pode ter taxa de inatividade após um período sem ser utilizado.

Os US$ 3150 necessários para a viagem sairão por R$ 17.925,14, quase 6% ou R$ 1.046,50 mais caro do que na conta internacional.

Comparações

Conta internacionalMoeda em espécieCartão de créditoCartão Pré-Pago
CâmbioComercialTurismoComercialTurismo
IOF1,10%1,10%5,38%5,38%

Conta internacional x Cartão Pré-pago = 5,84% (Quase 6%) de economia (R$ 1.046,50)

Conta internacional x Cartão de Crédito = 4,07% (Quase 4,10%) de economia (R$ 714,55)

Conta internacional x Moeda em Espécie = 1,85% (Quase 2%) de economia (R$ 318,47)

Delegações

A simulação foi feita levando em consideração uma viagem a Paris feita por uma pessoa. A economia acaba sendo maior ainda se pensarmos em uma viagem em grupo ou na delegação de determinado esporte indo à França para uma competição.

Por exemplo, numa delegação de 20 atletas, o gasto com a viagem com a conta internacional seria de R$ 337.572,80, enquanto com o cartão pré-pago seria de R$ 358.502,80. Ou seja, R$ 20.930,00 a mais.

Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

Mais em Dicas de viagem