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Ciclismo Mountain Bike

Campeão doa bicicleta vencedora para combate à pandemia

O ciclista italiano Dario Acquaroli foi o melhor do mundo da categoria sub-23 em 1996 e tomou essa iniciativa para ajudar no combate ao coronavírus

Bicicleta Dario Acquaroli
Bicicleta que Dario Acquaroli usou no título Mundial sub-23 de 1996 (Reprodução/Facebook)

Campeão Mundial sub-23 de MTB em 1996, o ciclista italiano Dario Acquaroli tomou uma iniciativa para contribuir na luta contra a pandemia de coronavírus. O atleta, que reside na cidade de Curno, perto de Bergamo, município mais afetado da Itália, colocou sua bicicleta do título para doação com o objetivo de arrecadar fundos para ajudar as pessoas que estão trabalhando diariamente para cuidar dos infectados pela doença.  

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“Muitas pessoas que conheço morreram ou estão doentes. A situação é pior do que vocês podem imaginar lendo as notícias. Mas aqui não choramos muito, arregaçamos as mangas e damos a nossa contribuição. Eu queria tentar ajudar a comunidade, então pensei na bicicleta que venci o Campeonato do Mundo de Sub 23, em Cairns, porque é a coisa mais importante que possuo e que ainda me liga ao meu passado no ciclismo. É um pedaço do meu coração”, declarou o atleta em entrevista ao site Union Cycliste Internationale (UCI).

Acquaroli está com 45 anos e fez história no ciclismo mountain bike italiano, disputando 19 Campeonatos Mundiais da UCI. Entre suas conquistas estão os títulos dos Campeonatos Europeus (1992 e 1993), dois Campeonatos Mundiais da UCI (Junior em 1993 e Sub-23 em 1996) e cinco Campeonatos Italianos (1992, 1993, 1996, 2000 e 2005).

Acquaroli explica como funciona o sorteio

Dario Acquaroli (esquerda) fez história no ciclismo mountain bike italiano (Reprodução/Facebook)

A plataforma online escolhida é semelhante a uma loteria e quem fizer uma contribuição mínima de 10 euros já participará do sorteio. Segundo Acquaroli, a solução encontrada é a capaz de alcançar mais pessoas e ser mais democrática. Todo o dinheiro arrecadado será destinado a uma associação local de Bergamo.

“Sei que a associação não tem falta de material e equipamentos médicos no momento. Então, minha ideia é que eles possam usar dinheiro para vários propósitos, como preferirem. Também seria bom se isso se tornasse uma recompensa para esses voluntários, mesmo que apenas um jantar ou um fim de semana”, disse o atleta.

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Acquaroli revela que nunca mais utilizou a bicicleta da conquista e que ela está em perfeitas condições. “Ficaria feliz se o vencedor fosse alguém que apreciasse o valor desse objeto e entendesse que o doei com meu coração e pela causa. Imagino a bicicleta pendurada na parede da casa e os convidados possam descobrir a história por trás dela. Seria bom que o vencedor fosse uma pessoa simples, que tenha doado apenas 10 euros”, concluiu o ciclista.

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