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Bia Ferreira promete trabalhar 110% no ano pré-olímpico

Revezando entre o boxe olímpico e o profissional, Bia Ferreira está focada para conquistar mais medalhas em 2023, além da vaga para Paris-2024

Bia Ferreira ergue os braços para comemorar vitória no Mundial de boxe de 2022
Bia Ferreira vai em busca de sua terceira medalha em Mundiais (Foto: divulgação/IBA)

A temporada 2023 será de extrema importância para o boxe brasileiro. Com os Jogos Olímpicos de Paris no horizonte, o ano terá a distribuição das primeiras vagas para o torneio olímpico do boxe, através dos Jogos Pan-Americanos. Uma das principais atletas da seleção brasileira, Bia Ferreira conquistou a medalha de prata em Tóquio-2020, mas quer subir um degrau a mais no pódio em 2024.

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“Esse ano é um ano 110%. Um ano muito esperado e muito desafiador para todo mundo que está aqui. Tá valendo vaga olímpica, tem Pan, tem Mundial. Tem todas as competições importantes, só faltam os Jogos Olímpicos mesmo”, comentou a medalhista olímpica. É um ano de muito foco e determinação e que a gente tem que se dedicar ao máximo porque dependendo dos resultados deste ano que vamos conseguir chegar aos sonhados Jogos Olímpicos”, completou.

Jornada Dupla

Bia Ferreira começou um novo desafio em 2022. A atleta fez a sua estreia no boxe profissional. Mas a atleta não vai abandonar o boxe olímpico e está dividindo as atenções entre os dois lados. Para isso, o treinamento da atleta foi dividido em etapas, de acordo com o objetivo mais próximo. ‘Em cada momento nós temos um foco, ou no profissional, ou no olímpico. Nesta etapa agora, o trabalho é focado no Mundial Feminino. Após o Mundial, a gente retorna ao trabalho para os combates profissionais, com a ideia de fazer até duas lutas antes dos Jogos Pan-Americanos”, explicou Mateus Alves, técnico da seleção brasileira.

“O nome é o mesmo, mas o treinamento é bem diferente. A sensação é tremenda. Eu falo que nunca senti uma sensação tão prazerosa ao subir no ringue para lutar. No olímpico, eu senti isso algumas vezes, mas no profissional é diferente. Muito mais forte. Mas eu me amarrei nas duas e estou muito feliz de estar fazendo as duas”

Bia Ferreira, usando luvas e capacete brancos, durante combate no Mundial de 2022
(Foto: divulgação/IBA)

O trabalho em dobro aumentou o ânimo da campeã mundial, em busca de novas conquistas no boxe. “Fazer essa mesclagem de lutar nos dois é algo diferente, mas é muito animador. Acho que eu estava precisando desse ânimo e dessa adrenalina. Aprendi muito treinando para o profissional e isso vai acrescentar para esse ano para eu conseguir os resultados no olímpico”, comentou Bia.

A dança da Fera

No boxe profissional, a atleta ganhou a alcunha de Beatriz “The Beast” Ferreira. E a fera dos ringues também manda bem na hora de comemorar as vitórias. A brasileira ficou famosa por suas dancinhas após as lutas e promete dar show em 2023.

“O boxe é uma dança, tem todo aquele gingado. Acho que eu fico melhor lutando do que dançando, mas a gente tenta”, brincou Bia. “Mas eu sempre falo que quando eu subo no ringue eu vou bailar. Nada melhor do que dançar uma dancinha, principalmente quando a galera que me acompanha dá alguma sugestão. Daí na hora se eu lembrar eu faço. Muita gente assiste a minha luta esperando a dancinha da vitória que ficou uma marca”, disse a atleta.

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E é gingando dentro do ringue que Bia Ferreira vai em busca de mais vitórias em 2023. O primeiro desafio é o Srandja Tournamente, em Sófia, na Bulgária, em fevereiro. No mês seguinte, o intensidade aumenta, com a disputa do Mundial de boxe feminino na Índia. E o ano culmina com a disputa dos Jogos Pan-Americanos, no Chile, em outubro, com a classificação para Paris-2024 como objetivo principal.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e viciado em esportes

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