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Basquete

Do blog Rebote…

Ótimo post publicado no blog Rebote, de Rodrigo Alves, que trata com precisão da maneira estranha, para dizer o mínimo, que a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) está tratando os atuais (ou não?) técnicos das seleções brasileiras masculina e feminina.

Falta de respeito

Moncho Monsalve e Paulo Bassul vão continuar à frente das seleções nacionais? Não sei. Nem eles sabem. Ninguém sabe. O que me parece cada vez mais claro é que a CBB, seja para fritá-los ou simplesmente por simples falta de manha administrativa, vai tratando os dois treinadores com uma tremenda falta de respeito. Eu, se estivesse no lugar de um dos dois, já teria pedido o boné.

No masculino, o presidente Carlos Nunes fala publicamente (ao jornal O Globo) que está negociando com dois espanhóis e com o argentino Ruben Magnano, campeão olímpico em 2004. “Magnano nos interessa, mas é difícil dizer se ele aceitará”, disse Nunes.

No feminino, Hortência viajou nesta quinta-feira para a Europa, onde vai conversar com um técnico espanhol e um italiano: “Estamos colocando tudo na balança. […] E se por acaso mantivermos o Paulo, vamos mandá-lo para Europa, estudar os times, ver as atletas atuando, para ganhar mais experiência”, declarou ao UOL.

Avaliar nomes e até fazer sondagens é natural, é do jogo, mas o que os dirigentes da CBB estão fazendo é expor ao ridículo os técnicos atuais. Transferindo a situação para o futebol, é como se um diretor do Flamengo, por exemplo, ao fim do Brasileirão, dissesse à imprensa: “Vanderlei Luxemburgo nos interessa, mas é difícil dizer se ele aceitará. Ainda vou viajar para conversar com outros dois técnicos, estamos colocando tudo na balança. E se por acaso mantivermos o Andrade, vamos mandá-lo a outros centros para ganhar mais experiência”. Surreal.

Magnano tem um currículo mil vezes melhor que o do Moncho, e os europeus podem até ser mil vezes melhores que o Bassul, mas expor os dois técnicos dessa forma é o cúmulo do descaso. A ideia que passa é: “Olha, estamos aí no mercado conversando com Fulano, Beltrano e Sicrano. Se ninguém aceitar, paciência, a gente fica com esses que estão aí mesmo”. E vamos em frente…

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