Paris – Uma das grandes sensações dos Jogos Paralímpicos, o marroquino Aymane El Haddaoui enalteceu o brasileiro Petrúcio Ferreira após conquistar a medalha de ouro nos 400m T47 (amputados de braço). O africano venceu a prova na tarde deste sábado (07) com a marca de 46s65, novo recorde mundial. El Haddaoui falou sobre a idolatria que tem com Petrúcio e que o considera um herói.
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“O Petrúcio é um atleta muito grande. Eu estou muito feliz de correr ao lado dele, aprendo muitas coisas com ele. Eu amo sua pessoa, ele é muito divertido e é um atleta muito grande. Quero ser campeão como ele. Eu o respeito muito. Ele estava comigo quando eu tive um acidente antes dos 100m rasos, me apoiou e perguntou se eu estava bem”, falou El Haddaoui ao Olimpíada Todo Dia.
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Antes de ser campeão nos 400m, El Haddaoui levou a medalha de bronze nos 100m T47, em prova vencida por Petrúcio Ferreira. O brasileiro, aliás, sagrou-se tricampeão paralímpico na distância, mostrando que segue sendo o atleta paralímpico mais rápido do mundo. Já nos 400m, outro brasileiro dividiu o pódio com o marroquino: Thomaz Ruan Moraes, que levou a medalha de bronze.
“Quero agradecer a ele [Petrúcio] e a todos os brasileiros. Eles me mostram o que as Paralimpíadas significam. Eles se apoiam muito”, disse El Haddaoui, que também teve a companhia de Washington Júnior e Lucas Sousa Pereira na final dos 100m. “Petrúcio é o meu herói. Eu o assisti em Tóquio. Ele fez a corrida nos 100m ser muito divertida, e tomou controle da prova. Quero dizer obrigado”, finalizou o marroquino de 24 anos, que disputou os Jogos Paralímpicos pela primeira vez.
Gigante Petrúcio
Além de ser tricampeão paralímpico, Petrúcio Ferreira também é tetracampeão mundial nos 100m T47 e é recordista mundial da prova, tendo marcado 10s29 em 2022. Petrúcio não conseguiu classificação para a final dos 400m em Paris-2024. Ele foi medalhista de prata na Rio-2016 e bronze em Tóquio-2020 na distância, mas marcou 50s27 nas eliminatórias da capital francesa e terminou em 11º lugar.
Sem Petrúcio, Aymane El Haddaoui venceu a final dos 400m com o tempo de 46s65, que lhe rendeu o recorde mundial da prova, superando em dois centésimos o tempo dele mesmo, que havia feito em junho deste ano, também em Paris. El Haddauoi desbancou seu compatriota Ayoub Sadni, que foi campeão em Tóquio-2020 e detinha o recorde paralímpico até então. Ele ficou com a prata com 47s16. O brasileiro Thomaz Ruan Moraes levou o bronze com 47s97.