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Atletismo

Mundial de atletismo começa com Caio Bonfim bronze. Darlan e Letícia vão à final

Atleta da marcha atlética conquista segunda medalha em mundiais. Além dele, Darlan Romani e Leticia Oro Martins conquistaram vaga para finais com folga.

Caio Bonfim comemora medalha de bronze no Mundila de Atletismo de Budapeste
(Foto: Wagner do Carmo / CBAt)

O Mundial de Atletismo começou com tudo para o Brasil. Logo na primeira prova do evento em Budapeste, Caio Bonfim foi medalhista de bronze nos 20km da Marcha Atlética na manhã deste sábado (19), com 1:17.47, novo recorde brasileiro. Além dele, Darlan Romani e Leticia Oro Melo foram destaques, se classificando com tranquilidade para suas finais.

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Adiada por duas horas em decorrência de forte chuva na capital húngara, a prova da marcha atlética abriu muito bem o Mundial, mostrando um altíssimo nível. Caio Bonfim ficou boa parta de prova entre os principais marcadores e conseguiu terminar com a medalha.

Álvaro Martín conseguiu impor um forte ritmo, se distanciando e não foi mais alcançado pelos rivais. O espanhol foi campeão com 1:17.32. Caio brigou pela medalha de prata no último quilômetro mas o sueco Perseus Karlström conseguiu dar um gás final e garantir a prata, fechando em 1:17.39. Caio ficou 16 segundos a frente do quarto colocado, o canadense Even Dunfee. Foi sua segunda medalha em Mundiais, após o bronze em 2017, também na marcha atlética 20km.

Além de bater o recorde brasileiro, Caio ficou bem próximo do recorde sul-americano que é de 1:17.21, do equatoriano Jefferson Pérez, conquistado no Mundial de 2003. Outro brasileiro na disputa, Max Batista dos Santos foi 36º com 1:24.10, marcando também sua melhor marca, o PB.

Álvaro Martín, Perseus Karlström, Caio Bonfim no pódio da marcha atlética
(Foto: Wagner do Carmo / CBAt)

O brasileiro levou dois cartões por advertência durante a prova, o que justificou um fim de prova mais confortável para garantir a posição no pódio. O resultado coroou uma grande temporada do atleta brasileiro.

A temporada é a fase de grupos e se você não crescer no mata-mata não adianta nada. Aqui era o mata-mata. Os resultados deram confiança para a gente chegar aqui com a melhor cabeça possível Faltando 3km eu tou com duas faltas no quadro, então eu tive que ser inteligente. Fiz a penúltima volta ao lado do sueco para se distanciar do quarto e não dava para brigar com ele. Achei mais seguro pegar a medalha, e chegar bonito tecnicamente, não levar essa falta. Eu fiz 1:18 em La Coruña, mas o Personal Best tem que ser aqui e deu certo.

Caio Bonfim, em entrevista ao SporTV ao fim da prova

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Darlan Romani sobra em eliminatória do arremesso de peso

Ainda na manhã deste sábado, Darlan Romani nem precisou suar, mas já assegurou vaga na final do arremesso de peso com a melhor marca entre todos concorrentes, com 22.37 ainda na sua primeira tentativa. Ele foi o único a ultrapassar os 22m, mas todos seus principais rivais se garantiram, com exceção do norte-americano Josh Awotunde, que não passou dos 20m.

O brasileiro Wellington Morais, o Maranhão, conseguiu arremessar a 20.30 e terminou na 17ª colocação, mas fora da decisão. A última vaga na final foi para o italiano Leonardo Fabbri, com 20.74.

Leticia Oro Melo novamente brilha em um Mundial de Atletismo

Outro dos destaques nacionais da primeira sessão foi Leticia Oro Melo. Ela ganhou a medalha de bronze no Mundial de 2022, mas conquistou vaga de última hora para Budapeste-2023. E de novo, ela brilhou no principal palco do atletismo.

Logo na primeira tentativa ela saltou para 6.73, conseguindo uma tranquilidade necessária para tentar vôos maiores. Ela queimou suas duas outras tentativas, mas ainda assim terminou em sétimo lugar. Eliane Martins ficou em 26º lugar com 6.38 como seu melhor salto, alcançado após duas queimas. Lissandra Campos também conseguiu validar apenas o último salto, mas com 6.01 restou a ela apenas o 33º lugar.

A norte-americana Tara Davis-Woodhall conseguiu a melhor marca, com 6.87, logo na frente de Marthe Koala, da Burkina Faso (6.84) e de Ivana Vuleta, da Sérvia (6.82). A estadunidense Quanesha Burks que havia sido quarto no Mundial de 2022 ficou apenas em 16º lugar e foi eliminada, assim como a australiana Brooke Buschkuehl, quinta em 2022 e apenas 17ª em 2023.

Outros brasileiros na 1ª sessão diurna do atletismo

Jaqueline Weber disputou a primeira bateria dos 1.500m. Ela terminou apenas em 13º entre 14 competidoras, mas com 4:14.46 fez sua melhor marca da carreira. Na briga pela frente, a neerlandesa Sifan Hassan passou para final com 4:02.92 a frente da britânica Laura Muir, com 4:03.50

Interessado em cinema, esporte, estudos queer e viagens. Se juntar tudo isso melhor ainda. Mestrando em Estudos Olímpicos na IOA. Estive em Tóquio 2020.

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