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Atletismo

Mirelle Leite sonha ser a primeira indígena brasileira em Jogos Olímpicos

Mirelle Leite comemora o título dos 3000 m rasos no Campeonato Brasileiro sub-20 de atletismo (Wagner Carmo/CBAt)

O currículo de atleta da pernambucana Mirelle Leite da Silva já carrega importantes informações sobre seu futuro do atletismo brasileiro. Mirelle tem apenas 18 anos e conta com importantes conquistas como o de campeã brasileira sub-20 dos 3000 m com obstáculos, vice-campeã 3000 m rasos, além de ser a terceira colocada no Campeonato Brasileiro de Cross country.

A atleta brasileira é mãe e diarista e, por esse motivo, ainda não pode se dedicar 100% apenas ao seu esporte. Além disso, a pernambucana organiza treinos improvisados nas mesas da praça da sua cidade. Sem a estrutura adequada para praticar sua modalidade, a pernambucana, que também é indígena, já conseguiu alcançar importantes marcas.

Mirelle Leite, mesmo não tento pista ou estrutura para seus treinos, está focada em trabalhar duro para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Outro fato importante para incrementar ainda mais essa conquista, se deve ao fato de que Mirelle seria a primeira indígena brasileira em Olimpíadas.

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A atleta vive no meio do agreste pernambucano, na reserva indígena xukuru de cimbres, local onde a jovem garota nasceu. Lá se tornou mãe e atleta, e é motivo de orgulho para o seu povo por ter conquistado o campeonato brasileiro-sub 20 nos 3000 m com obstáculos.

O Brasil conta com cem anos de participação no atletismodos Jogos Olímpicos e nunca houve uma representante nascida em tribo indígena. Por isso, Mirelle poderá ser a primeira.

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Para treinar em uma pista oficial de atletismo, a pernambucana precisa se deslocar por 215 km da sua reserva. Por esse motivo, a atleta não consegue treinar todos os dias em um local ideal, pois o tempo e o custo são fatores que tornam complicado a viagem e impedem que Mirelle possa obter o rendimento ainda melhor.

Como não é possível treinar todos os dias na capital, o jeito é improvisar. A preparação em sua cidade é feita em frente ao Castelo de Pesqueira, anteriormente nesse local funcionava o Jóquei Clube, no passado, em torno de quarenta anos atrás, a pista era utilizada para a corrida de cavalos. Hoje ela já não existe mais, no local é possível encontrar apenas casas. Mirelle consegue aproveitar as marcas de medidas deixadas, que são parecidas com as marcas de uma pista de atletismo, assim a garota treina focada em seus objetivos.

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E falando em obstáculos, esses sempre estiveram fazendo parte da vida dessa personalidade do esporte.  Quando tinha apenas seis meses de nascida, sua família sua família se envolveu em um conflito indígena e foram postos para fora da aldeia no ano de 2003. Além de Mirelle ,seus sete irmãos também ficaram sem teto. Além disso, no processo de mudança, o pai da atleta foi assassinado. O crime jamais foi solucionado.

Hoje, Mirelle superou os principais obstáculos e carrega no peito suas medalhas de bronze, prata e ouro, referente aos obstáculos superados com orgulho.

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