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Atletismo

Érica Sena mantém o foco para conquistar medalha em Tóquio

Melhor marchadora do país já fez quatro vezes o índice necessário para Tóquio, supera “novo normal” e vai em busca do pódio nos Jogos Olímpicos da capital japonesa

Érica Sena marcha atletica feminina atletismo tóquio 2020 Pinheiros
(Wagner Carmo/CBAt/arquivo)

A marchadora brasileira Érica Sena mantém o foco de buscar um lugar no pódio nos 20 km marcha atlética nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Mesmo com todos os problemas causados pela pandemia, que impôs quarentena, adiou e cancelou competições.

“Estou muito focada na minha preparação. Estou fazendo a minha parte que é treinar e me dedicar. Agora é só esperar a confirmação de competições do Circuito Mundial”, disse Érica Sena, que mora e treina em Cuenca, no Equador, e é orientada pelo marido Andrés Chocho, recordista sul-americano dos 50 km marcha.

A prova dela em Tóquio está marcada para o dia 5 de agosto, na cidade de Sapporo, que fica a cerca de 800 quilômetros da capital japonesa.

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(Wagner Carmo/CBAt/arquivo)

Espera por provas

Érica tem no currículo um quarto lugar nos Mundiais de Londres-2017 e de Doha-2019, e sétima colocação nos Jogos Olímpicos da Rio-2016. Foi ainda campeã do circuito mundial de 2017, vice em 2018 e terceira em 2019.

“Estou conseguindo treinar por aqui na medida do possível. Os meus planos são competir as provas do circuito mundial, mas ainda não sabemos se vão ser realizadas. A primeira etapa, que seria na China, já foi retirada do calendário. A segunda está marcada para Portugal, mas já recebi noticias que será adiada. Continua bem complicado”, lembrou.

Érica Sena terminou 2020 como a brasileira mais bem colocada no ranking olímpico da World Athletics, que leva em consideração três atletas por país. Está no 10º lugar, com o tempo de 1h29min14s, obtido no dia 10 de outubro, em Podebrady, República Tcheca. Esta foi a única competição internacional disputada por ela em toda a temporada, marcada pela pandemia.

Sem pista, com máscara

No início da crise, no ano passado, ficou três meses trancada em casa, treinando apenas em esteira. Depois, sem pista, teve de marchar nas ruas, de máscara, bastante desanimada. A situação só melhorou no período em que esteve em Rio Maior, em Portugal. Depois foi para Monte Gordo, podendo competir em Podebrady na sequência.

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“Estou vendo a possibilidade de fazer um camping internacional de treinamento no primeiro semestre. Ainda não sei onde, mas vai ser importante visando a Olimpíada”, comentou.

Vitórias e marcas

No Brasil, Érica venceu em fevereiro os 20 km da Copa Brasil de Marcha Atlética, realizada no Recife antes da pandemia. Em dezembro ganhou a medalha de ouro nos 20.000 m no Troféu Brasil, na pista do Centro Olímpico, em São Paulo.

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Ela é recordista brasileira dos 20 km com 1h26min59 e já obteve quatro vezes tempos melhores do que o índice exigido de 1h31min00 no período de qualificação olímpica para Tóquio.

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