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Atletismo

Pinheiros conquista o pentacampeonato no Troféu Brasil

Clube paulista venceu também no masculino e no feminino. Último dia marcou ainda a entrega da medalha de Sydney-2000 para Claudio Roberto Sousa

Pinheiros - Troféu Brasil de atletismo
Pinheiros venceu no geral, no masculino e no feminino (Wagner Carmo/CBAt)

O Esporte Clube Pinheiros confirmou seu favoritismo e conquistou, na manhã deste domingo (13), o pentacampeonato do Troféu Brasil de atletismo, no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, em São Paulo. A equipe venceu na classificação geral, com 511.5 pontos, sendo 214 no masculino, enquanto que no feminino somou 297,5 pontos.

A Orcampi, de Campinas, que havia sido campeã brasileira recentemente sub-18 e sub-20, comemorou o vice-campeonato, com 211 pontos, sendo também segunda colocada no feminino (115) e terceira no masculino (96).

Por fim, a AABLU, de Blumenau, completou o pódio ao lado de Pinheiros e Orcampi, com 194 pontos, ficando em segundo no masculino (116) e em terceiro no feminino (78 pontos). Dos 126 clubes participantes do Troféu Brasil de atletismo, 74 marcaram pontos, colocando atletas entre os oito finalistas.

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Além disso, na classificação de medalhas por Estado, São Paulo conquistou 68 pódios, sendo 26 ouros, 21 pratas e 21 bronzes. Santa Catarina ficou na segunda colocação, com 26 (9, 7 e 10), seguida do Paraná, com 11 (4, 5 e 2).

Os destaques

Troféu Brasil de atletismo - Pinheiros
Felipe Vinicius Santos e Gabriele Sousa foram eleitos os melhores atletas (Carol Coelho/CBAt)

Os melhores atletas do Troféu Brasil de atletismo, eleitos por um júri especial, foram Felipe Vinicius dos Santos (AABLU) e Gabriele Sousa dos Santos (Pinheiros).

Felipe venceu a prova do decatlo, com 8.364 pontos, a segunda maior na história da América do Sul, obtendo o índice olímpico para Tóquio. “O título de melhor atleta é mais um recompensa por todos os sacrifícios feitos nos últimos anos”, celebrou o paulistano.

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Já Gabriele, campeã também pelo Pinheiros, levou o título de melhor participante do feminino no Troféu Brasil de atletismo pelo segundo ano seguido. Ela venceu o salto triplo, com 14,17 m (-1.0), ficando em 17º lugar no ranking mundial da prova com seu resultado.

“Queria uma marca melhor, mas fico feliz com o prêmio. Meu objetivo agora é 2021. Não quero o índice olímpico, quero muito fazer a final em Tóquio”, concluiu.

Claudio Roberto Sousa recebe prata olímpica

Troféu Brasil de atletismo
Claudio Roberto recebe medalha olímpica (Wagner Carmo/CBAt)

Também neste domingo (13), Claudio Roberto Sousa recebeu sua medalha de prata do revezamento 4 x 100 m dos Jogos de Sydney-2000, após 20 anos de espera. A cerimônia foi no término do programa de provas do Troféu Brasil de Atletismo.

Claudio era reserva da equipe olímpica do revezamento e correu a eliminatória, vencida pelos brasileiros, em Sydney. Na final, entretanto, foi substituído por Claudinei Quirino, que fechou o 4×100 m. O quarteto do Brasil recebeu a medalha na cerimônia do pódio e a medalha de Claudinho ficou de ser entregue depois, mas nunca foi recebida por ele. 

O COB (Comitê Olímpico do Brasil), em 2001, entrou em contato com o COI (Comitê Olímpico Internacional), que teria afirmado que a responsabilidade de prover a medalha era do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Sydney. A cessão da medalha começou a se tornar realidade no fim de 2019, foram retomadas as tratativas com o COI, e desta vez, foram bem-sucedidas.

Assim, a medalha veio do Museu Olímpico na Suíça e foi entregue a Claudio Roberto após a simulação do revezamento na pista, com Vicente Lenilson, Edson Luciano Ribeiro, André Domingos, Claudinei Quirino, os titulares do time brasileiro em 2000. 

“É muita história para contar, daria um livrão… Por tudo o que eu passei, por tudo o que eu vivi em busca dessa medalha e finalmente ela chegou. Eu não me arrependo de nada. Fui atrás da medalha do meu jeito, como tinha de ser, sem criar polêmica. E ela chegou naturalmente”, celebrou Claudio Roberto Sousa.

“Já faz alguns meses que venho curtindo esse momento, mas agora com a medalha no peito. Agora é exibi-la, olhar para ela, pegar. E agora sim posso mandar fazer o meu quadro de medalhas que até então eu não tinha feito, porque uma estava faltando essa”, completou.

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