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Atletismo

Eduardo Ribeiro mantém objetivos mesmo sem o Mundial Sub-20

Jovem promessa dos 800 m estava qualificado para a competição de Nairóbi, adiada por causa da pandemia global da Covid-19

Eduardo Ribeiro atletismo
Eduardo Ribeiro, Dudu, é promessa em prova "de gala" do Brasil (divulgação/CBAt)

O jovem Eduardo Ribeiro Moreira surgiu este ano como uma grande promessa do atletismo brasileiro nos 800 m, prova que já teve talentos como Joaquim Cruz, Zequinha Barbosa e Agberto Guimarães. Estava qualificado para o Mundial Sub-20 de Nairóbi, que acabou adiado por causa da pandemia global do novo coronavírus.

Dudu, como é chamado no atletismo, conseguiu correr este ano duas vezes a prova abaixo do índice exigido pela World Athletics para o Mundial Sub-20, que estava marcado para o período de 7 a 12 de julho.

Ele correu primeiro no Torneio FPA Sub-20 e Adulto, disputado nos dias 29 de fevereiro e 1º de março, no Centro de Excelência de Atletismo Professor Oswaldo Terra, em São Bernardo do Campo (SP), quando completou as duas voltas na pista em 1min50s55, superando a marca mínima de 1min50s80. No dia 7 de março, na mesma competição e lugar, completou a prova em 1min48s96.

“Estava muito motivado para correr no Mundial, depois de ter batido duas vezes meu recorde pessoal. Comecei a treinar os 800 m no ano passado com o professor Clodoaldo Lopes do Carmo, em Bragança Paulista, e acho que posso melhorar muito”, disse Eduardo Ribeiro.

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Nascido em Lavras, Minas Gerais, em 9 de janeiro de 2001, foi descoberto num teste escolar pelo falecido técnico Fernando Roberto de Oliveira, do CRIA Lavras, aos 12 anos.

Desde que o Centro Nacional de Desenvolvimento do Atletismo (CNDA) teve de fechar por causa da pandemia, Dudu passou a treinar em casa e em ruas tranquilas para manter o condicionamento físico. “Não fiquei parado porque tenho novos objetivos. Quero muito ganhar medalha no Troféu Brasil”, afirmou o corredor, que tem Joaquim Cruz, campeão olímpico em Los Angeles-1984, como ídolo. “Li o livro sobre ele e fiquei mais motivado”, comentou sobre o “Matador de Dragões”, escrito pelo jornalista Rafael de Marco.

“Demos uma soltada nos treinos porque não temos calendário de competições ainda. O Dudu tem mantido o condicionamento físico, mas não estamos fazendo nada específico. Os treinos são feitos em ruas mais isoladas para não ter contato com as pessoas. Eu mesmo mantenho distância dos atletas, sem cumprimentos”, contou Clodoaldo, finalista dos 3.000 m com obstáculos da Olimpíada de Barcelona-1992.

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“O Dudu ficou triste, claro, com o adiamento do Mundial. Nossa meta era de ele correr 1min46 baixo em Nairóbi. Mas temos de olhar pra frente. O Troféu Brasil é o objetivo, mas temos de esperar o calendário. Tem ainda o Brasileiro Sub-20 e o Sul-Americano Sub-23”, observou.

O treinador de Eduardo Ribeiro achou mais prudente manter o seu grupo de atletas treinando em Bragança Paulista neste período de quarentena. “Achei mais seguro eles ficarem no município do que viajarem e treinarem em suas cidades. Em Bragança, a situação da COVID-19 está mais tranquila do que em relação a outros lugares”, concluiu.

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