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Edneusa Dorta é vice-campeã mundial de maratona paralímpica

Edneusa Dorta concluiu o mundial paralímpico de maratona em 3h13min17, atrás apenas da japonesa Misato Michisita

Tânia Rêgo/Agência Brasil / arquivo

A baiana Edneusa Dorta, 42, sagrou-se vice-campeã mundial de maratona paralímpica de atletismo, realizado na manhã deste domingo, 28, nas ruas de Londres. A capital londrina foi a escolhida para sediar a prova que equivale ao campeonato mundial. E a atleta da classe T12 (baixa visão) concluiu os 42.195 metros do percurso em 3h13min17, atrás apenas da japonesa Misato Michisita, com 3h06min18.

O Brasil contou com seis representantes nesta que é uma das mais tradicionais e prestigiadas provas de rua do mundo. Entre os atletas com deficiência visual, Leonardo Amorim terminou na sétima colocação (2h41min08), em prova vencida pelo marroquino El Amin Chentouf (2h21min23). No feminino, a paranaense Aline Rocha ficou com a décima colocação (1h52min13) e a paulista Vanessa Cristina de Souza, na 12ª colocação, com 1h56min19.

O mato-grossense Yeltsin Jacques teve de abandonar a prova no quilômetro 30, com sintomas de hipotermia, e o gaúcho Alex Pires, no quilômetro 22, com fortes dores nas costas.

“Foi uma maratona muito difícil, com nível técnico elevadíssimo e, além disso, temperatura baixa, o que prejudicou muito nossos atletas”, explicou Fábio Breda, técnico da equipe nacional em Londres. Os termômetros à margem do Rio Tâmisa, onde grande parte do percurso foi cumprida, beirou a casa dos 5ºC.

A performance de Edneusa foi muito semelhante à edição do ano passado da maratona de Londres, quando também terminou na segunda colocação, superada apenas pela japonesa Michisita, doravante a bicampeã mundial.

A diferença entre as provas deste ano e a de 2018 é que agora a atleta brasileira foi três minutos mais rápida (3h10min12), no entanto o clima era muito mais ameno, chegando à máxima de 24ºC, que para os ingleses é considerado calor, mas para a maratonista de Salvador da Bahia era a condição ideal para corrida.

Com baixa visão desde o nascimento devido à rubéola que adquiriu da mãe ainda na gestação, Edneusa esteve acompanhada durante todo o percurso pela guia Keyla Barros, de Água Branca, no interior do Piauí.

Além das duas medalhas de prata no Mundial de Maratona, Edneusa também carrega no currículo o histórico bronze paralímpico conquistado nas ruas do Rio de Janeiro, nos Jogos 2016.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e Santiago

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