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Brasil vira em cima da Sérvia e vai à final do Grand Prix

Seleção Brasileira perde o primeiro set, mas vira em cima da Sérvia e vai à final do Grand Prix de vôlei feminino

Depois da sofrida classificação para a semifinal, a Seleção Brasileira não deu chance para o azar. Mesmo com Tijana Boskovic inpiradíssima com 32 pontos, o Brasil respondeu com o brilho de Tandara no ataque, a força de Natália na defesa, a precisãod e Adenízia e Bia no bloqueio e ainda teve Drussyla como arma secreta  para vencer a Sérvia por 3 a 1 com parciais de 20/25, 25/23, 25/14 e 25/23, e garantir a classificação para a final do Grand Prix. O adversário na luta pelo 12º título na competição sairá do duelo entre China e Itália, que se enfrentam às 9h da manhã deste sábado.

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A grande novidade da Seleção Brasileira foi a escalação de Bia como titular no lugar de Adenízia. E foi justamente com as centrais Bia e Carol que o Brasil conseguiu equilibrar o começo do jogo contra a Sérvia e chegou a abrir 10 a 8 de vantagem e depois 12 a 10 num erro de saque de Mihajlovic. A partir daí, Boskovic começou a fazer a diferença. Com uma pancada impressionante, a jogadora de apenas 20 anos brilhou tanto no ataque quanto no saque e liderou a reação sérvia, que fez seis pontos contra apenas um do adversário e chegou a 16 a 13.

O Brasil voltou a reagir e encostou no placar em um bloqueio de Natália: 18 a 17. Mas Boskovic chegou a seu nono ponto para fazer 20 a 18 para Sérvia e depois disso fez quatro dos cinco pontos que levaram as europeias a fechar o primeiro set em 25 a 20. Foram incríveis 13 pontos de Boskovic na parcial, nove de ataque, dois de bloqueio e dois de saque. A grande diferença do primeiro set foi a força de ataque sérvia, que marcou 17 pontos contra apenas oito do Brasil no fundamento.

Para tentar evitar a festa feita por Boskovic e companhia no primeiro set, José Roberto Guimarães colocou Adenízia no lugar de Carol na tentativa de dar mais força ao bloqueio. E foram justamente pontos neste fundamento que foram significativos para a reação da Seleção Brasileira. Adenízia se transformou num paredão para fazer 11 a 8 para o Brasil. Um triplo parou Boskovic e o placar foi a 13 a 10. A vantagem foi fundamental para que a equipe mantivesse a liderança no placar até o final. Outro ponto importante foi a entrada de Drussyla no lugar de Rosamaria, que não estava bem. E a jovem que defende o Rio de Janeiro explorou o bloqueio para fazer 24 a 20 e fez também o ponto final para fechar o set em 25 a 23.

Na parcial, o Brasil voltou a equilibrar com a Sérvia em pontos de ataque, foram 16 para cada lado, e fez três a mais do que o adversário no bloqueio, 4 a 1 no segundo set (8 a 5 no total). Além disso, a Seleção Brasileira conseguiu evitar que Boskovic fizessem tantos pontos quanto fez no primeiro set. Apesar de ter chegado a 20 na partida, a atacante sérvia fez apenas sete no segundo. Do lado brasileiro, Tandara era a maior pontuadora com 12 acertos.

Na volta do terceiro set, José Roberto Guimarães manteve Drussyla como titular e ela não decepcionou ao marcar dois pontos seguidos de saque para colocar o Brasil na frente em 6 a 5. Num ótimo momento de Natália, tanto na defesa quanto no ataque, a Seleção abriu vantagem, chegando a 12 a 8 depois de um ótimo serviço da camisa 12, que complicou a recepção adversária que terminou com um ataque para fora.

Depois da Sérvia reagir e diminuir a vantagem para 12 a 10, o Brasil voltou a se impor. Primeiro, veio um ponto de Adenízia. Na sequência, Bia parou Boskovic no bloqueio e Tandara marcou no ataque, abrindo 15 a 10. O momento psicológico era todo brasileiro, enquanto a Sérvia parecia perder confiança. Num erro das europeias, o placar foi a 17 a 11. As falhas sérvias, entre elas com Boskovic no saque e no ataque, somadas à força do bloqueio brasileiro e à inspiração de Tandara no ataque fizeram o Brasil disparar no placar para fechar o terceiro set com incríveis 11 pontos de vantagem, 25 a 14, para virar o jogo.

O terceiro set foi de afirmação para Drussyla. Primeiro, ela fez um ace para empatar o jogo em 5 a 5. Com uma largadinha, colocou o Brasil na frente em 12 a 10. Quando explorou o bloqueio fez 13 a 11 para a Seleção. Em mais um ace, fez a vantagem subir para 15 a 12. Ela voltou a explorar o bloqueio quando o placar foi para 20 a 17. E, mesmo quando vacilou, não baixou a cabeça. Foi justamente em um erro dela na recepção que a Sérvia virou o placar para 21 a 20.

Foram ao todo cinco pontos seguidos das sérvias, que chegaram a fazer 22 a 20. José Roberto Guimarães trocou a levantadora Roberta por Macris e o Brasil voltou a crescer. O empate saiu num lance de extrema categoria de Drussyla, que escapou do bloqueio com habilidade e mandou a bola no fundo da quadra. No saque de Monique, a Seleção Brasileira voltou a virar e chegou ao match point num ataque de Tandara. Para encerrar o jogo, uma sequência de três bloqueios em cima de Boskovic. Os dois primeiros foram salvos pelas europeias, mas o terceiro caiu no chão e o Brasil garantiu a vitória por 25 a 23 para ir à final do Grand Prix.

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Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

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