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CBV admite interferência da TV na Superliga e acha que está tudo bem

Um comunicado oficial distribuído no início da noite desta terça-feira, pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) deixou evidente que na atual Superliga (mnasculina e feminina), o mais importante é atende ao interesse da emissora que detém os direitos de transmissão das partidas, no caso a TV Globo. E dane-se o aspecto técnico da competição.

Para quem não se recorda, na semana passada o atacante Nalbert, do Minas, foi advertido pelo “pecado” de ter criticado um aspecto estúpido no regulamento do torneio, que prevê a final em uma única partida, ao contrário do tradicional e consagrado mundialmente playoff (em melhor de cinco jogos).

A justificativa era que esta determinação atenderia ao interesse da emissora que transmite os jogos da Superliga (no caso a Globo), que preferia ter uma data única, para se programar em sua grade, a ficar refém dos caminhos misteriosos que o mundo do esporte proporciona.

Ontem, o comunicado foi claro, para não dar margem a dúvidas, e ainda foi mais longe: caberá à Globo escolher onde será o local da partida, caso ela queria transmiti-la.

Leia o trecho do comunicado:

O MANDO DE QUADRA do Jogo Final dos Torneios da Fase Classificatória COM transmissão pela TV GLOBO será da Confederação Brasileira de Voleibol, que poderá realizá-lo no ginásio do clube mandante ou escolher ginásios neutros de grandes dimensões e maior capacidade de público, com área de circulação que atenda às necessidades da Televisão e da Imprensa em geral. O ginásio escolhido será dentro do Estado da equipe com melhor índice técnico na competição.

Portanto, azar do clube que chegar à final de um destes torneios classificatórios ou mesmo da decisão da Superliga, se não tiver um ginásio que não esteja de acordo com “o padrão Globo de qualidade”. Pois saiba desde já que irá jogar fora de casa!

Este é o mundo maravilhoso do vôlei…

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