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Taekwondo

Natália Falavigna celebra 15 anos da medalha olímpica

Em entrevista exclusiva ao OTD, Natália Falavigna comenta sobre os 15 anos da conquista do bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim

Natália Falavigna carrega uma bandeira do Brasil e comemora o bronze no taekwondo em Pequim-2008
(Foto: divulgação/COB)

Quinze anos atrás, no dia 23 de agosto de 2008, Natália Falavigna entrava para a história do esporte brasileiro. Após uma vitória sobre a sueca Karolina Kedzierka, a atleta se tornou na primeira medalhista olímpica do Brasil no taekwondo, conquistando o bronze na categoria acima de 67kg em Pequim-2008. Desde então, a modalidade evoluiu no país, com mais nomes indo ao pódio em Jogos Olímpicos, Pan-Americanos e Campeonatos Mundiais.
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Maior nome da história do taekwondo brasileiro, Natália Falavigna disputou sua primeira Olimpíada em Atenas-2004. Na ocasião, a modalidade dava apenas uma medalha de bronze e a brasileira perdeu a disputa do terceiro lugar para a venezuelana Adriana Carmona.
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Ciclo olímpico premiado

Mas depois de ser campeã mundial em 2005, Natália foi para sua segunda participação olímpica com mais chances de medalha, já que em Pequim o taekwondo passou a entregar dois bronzes como os demais esportes de combate. Depois que perdeu na semifinal para Nina Solheim, da Noruega, Natália Falavigna foi para a disputa do bronze, onde derrotou a sueca Karolina Kedzierka por 5 a 2 para garantir um lugar no pódio. “Eu tive uma experiência em 2004 de passar muito perto da medalha e ela escapar. E eu lembro que eu não queria viver aquela situação de novo. Então quando me vi no mesmo local, na condição de brigar por um bronze, eu consegui provar tudo que eu entreguei durante aquele ciclo olímpico, no que foi uma das melhores lutas da minha vida”, conta a atleta em entrevista ao Olimpíada Todo Dia.

Natália Falavigna tenta um chute numa adversária em Pequim-2008
Natália em uma das suas lutas em Pequim-2008 (Foto: divulgação/COB)

“Independente da medalha, eu queria sair de lá de cabeça erguida, sabendo que entreguei tudo em quadra. Então eu recebo esse bronze, com muito orgulho de que saber que tudo que fiz na minha trajetória está representado nessa medalha que veio com muito suor”, completou.

Legado para o taekwondo brasileiro

Desde 2008, o Brasil vem evoluindo no taekwondo no cenário internacional, brigando por medalhas em Campeonatos Mundiais e Jogos Olímpicos. Natália Falavigna acredita que atualmente há um trabalho melhor na equipe brasileira como um todo. “A gente sempre teve talentos individuais, mas hoje a gente tem um trabalho coletivo muito melhor. E a partir disso, hoje nós temos vários atletas competitivos no ranking mundial. E isso faz com que boas gerações vão surgindo. Temos essa geração com Ícaro, Milena, Caroline, que se encaminha para uma idade mais avançada passando Paris. Mas aí já temos atletas novos vindo como a Maria Clara, o Henrique, a Sandy. E eles também estão virando referência”, afirmou.

Além de Natália Falavigna, o Brasil tem mais uma medalha no taekwondo em Jogos Olímpicos, com o bronze conquistado por Maicon Andrade na Rio-2016. E a pioneira acredita que os brasileiros estão em um bom caminho para aumentar o rol de medalhistas olímpicos na modalidade. “Fico feliz pelos resultados recentes. O taekwondo brasileiro hoje está muito competitivo no cenário internacional. A gente sabe que em cada luta um segundo pode mudar tudo e faz com que você tenha que ser muito bom e entregar muita performance. Mas temos bons atletas brigando em Paris e vão chegar com potencial para brigar por uma medalha”, finalizou.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e viciado em esportes

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