8 5
Siga o OTD

Surfe

Laura Raupp e Lucas Silveira conquistam bi inédito em Floripa

Dupla “local” ficou com o troféu do QS 3000 na capital catarinense. Torneio na Praia da Joaquina definiu também os campeões sul-americanos e os classificados da América do Sul para o Challenger Series

Laura Raupp e Lucas Silveira surfe bicampeão QS 3000 Florianópolis

Laura Raupp e Lucas Silveira conquistaram o inédito bicampeonato do Qualifying Series (QS) da World Surf League (WSL) de Florianópolis, Santa Catarina. Eles venceram os torneios masculino e feminino nível 3000 disputado na Praia da Joaquina e encerrado no domingo (23). A competição definiu ainda ambos como campeões sul-americanos da temporada e os cinco qualificados para disputar o Challenger Series no circuito mundial de surfe deste ano.

+ SIGA O CANAL DO OTD NO WHATSAPP

As finais do QS 3000 de Florianópolis foram um presente para comemorar o aniversário de 352 anos da capital catarinense. Laura Raupp derrotou a peruana Daniella Rosas e o Lucas Silveira superou Heitor Mueller na reedição da decisão do ano passado. O campeonato aconteceu na Praia da Joaquina após quatro anos na Praia Mole. Fazia nove anos que a Joaquina não recebia uma etapa do Qualifying Series do circuito mundial de surfe.

Laura Raupp surfe bicampeão QS 3000 Florianópolis
Laura Raupp (Marcio David/Layback Pro)

Os classificados para o Challenger Series são, além de Laura Raupp e Lucas Vicente, Franco Radziunas da Argentina, Daniella Rosas, Lucas Silveira e outra peruana, Arena Rodriguez, além do Peterson Crisanto, José Francisco, Wesley Leite e Igor Moraes. O Challenger Series é classificatório para o Championship Tour (CT), principal circuito no mundial de surfe.

Quintal de casa

Laura Raupp foi quem conseguiu o primeiro bicampeonato da história do QS 3000 de Florianópolis. Ela tinha vencido a primeira edição na Praia Mole em 2021, quando tinha apenas 15 anos e estreava em etapas do QS. A primeira chance do bi foi no ano passado, mas Laurinha perdeu a final para Tainá Hinckel. Agora competiu em casa, na Praia da Joaquina, e achou as melhores ondas para bater Daniella Rosas por 13,50 a 10,17. A peruana estava invicta esse ano, vinha de vitórias no QS 1000 do Peru e do Ceará, é recordista com três títulos sul-americanos.

“Estou muito, muito, muito feliz. Literalmente, só eu sei quais são meus objetivos, o que eu tracei para essa temporada e, nossa, eu consegui cumprir tudo”, contou Laura Raupp. “Quando tocou a buzina de término lá fora, eu comecei a chorar porque, de verdade, era tudo o que eu podia sonhar. Fiquei feliz de ter conseguido o título sul-americano ontem, mas não era só isso que eu queria, então estou muito feliz com a vitória na última etapa da temporada. Eu surfo na Joaca quase todos os dias, ainda mais quando tem altas ondas que nem deu ontem, hoje e todos esses dias do evento. Agora sou bicampeã do Layback Pro aqui em Floripa, então só tenho a agradecer”.

Lucas Silveira surfe bicampeão QS 3000 Florianópolis
Lucas Silveira (Marcio David/Layback Pro)

Bateria da vida

O carioca Lucas Silveira, que há muitos anos mora em Florianópolis, também pode se dizer local da Joaquina, pois surfa lá quase todo dia. Na final, viu o Heitor Mueller já começar com um aéreo fantástico, que valeu a única nota 10 na Praia da Joaquina. Então, Lucas Silveira teve que correr atrás e acabou fazendo o maior placar da história do campeonato, 19,37 pontos com notas 9,87 e 9,50, superando os 19,13 da vitória do Michael Rodrigues na final de 2022 na Praia Mole.

“Foi a melhor bateria da minha vida, sem dúvidas”, afirmou Lucas Silveira. “Eu nunca somei tão alto assim e ainda do jeito que começou, com aquele aéreo do Heitor (Mueller), que eu vi de camarote. O aéreo foi gigante e quando ele voou, foi animal, ele caiu certinho e na hora eu sabia que ia ser 10, porque foi gigante. Foi bom, porque desde o início, eu já fui buscando high-scores (nota alta) e acabou que eu fiz alguns na bateria. Foi show de surfe e no final, pra fechar com chave de ouro, acertei a manobra que eu tentei acertar o campeonato inteiro. Aí, só na última onda, eu consegui acertar pra fechar esse meu maior somatório da vida”.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

Mais em Surfe