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Surfe

Maresias recebe seletiva para Mundial Júnior do Japão

Foto Munir El Hage

De volta ao Circuito após vários anos, São Paulo receberá a mais importante disputa da temporada no País entre os surfistas da nova geração. O CBSurf Tour Hang Loose Japan Trials definirá a seleção brasileira para o Mundial Júnior da International Surfing Association (ISA), em setembro, no Japão, no mesmo “palco” que receberá a estreia da modalidade nos Jogos Olímpicos de 2020. A 3ª etapa do ranking da Confederação Brasileira de Surf será disputada em dois dias, entre 25 e 27 próximos, na Praia de Maresias, em São Sebastião.

Serão 136 surfistas em ação, com limite de 18 anos de idade. Destaque para as categorias com as vagas para o Mundial – três na sub18 masculina, duas na sub18 feminina, quatro na sub16 masculina e duas na sub16 feminina. Também em disputa a sub14 masculina, válida apenas para o ranking brasileiro.

A expectativa é grande para a formação de um time forte para disputar os ouros em Chiba. “Mais uma vez levaremos um time muito competitivo”, afirma o presidente da CBSurf, Adalvo Argolo, lembrando que esse mundial será importante para a nova geração, de olho na estreia do surf nos Jogos Olímpicos, em Tóquio 2020. “Vai ser importante para todos, pois já conheceremos a praia onde será o evento olímpico”, ressalta.

O vice-presidente da entidade, Guilherme Pollastri, reforça o espírito olímpico que a modalidade vive. “O primeiro passo já foi dado quando levamos a delegação para disputar o ISA World Surfing Games, na França, com o total apoio do Ministério do Esporte. Lá, estreitamos nossa relação com a ISA e fizemos a proposta para trazer o Mundial Júnior de 2018 e o ISA Games 2019, quando o evento deverá valer vaga direta para Tóquio”, revela.

“Mas certamente, este Mundial Júnior será o primeiro passo desta geração para poder chegar à seleção olímpica”, reforça Guilherme, exaltando o apoio que o surf já vem recebendo do Governo Federal, inclusive com a presença do ministro do Esporte, Leonardo Picciani com a equipe brasileira no evento na França. “Gostaria de ressaltar o apoio do Ministério e a presença de um ministro pela primeira vez na história do ISA Games. O Brasil foi citado como exemplo por ter um ministro de Estado no evento”, enaltece.

Os dirigentes também comemoram o retorno de São Paulo como sede do Brasileiro, sobretudo em etapa decisiva. O estado sempre teve tradição em receber competições, manter uma equipe forte (neste ano liderando o ranking empatada com Santa Catarina) e formar talentos. Entre os exemplos, Gabriel Medina e Adriano de Souza, campeões mundiais de 2014 e 2015, respectivamente e que fizeram história nas disputas de base. Gabriel, inclusive, campeão mundial júnior em 2010, na Nova Zelândia.

“É de suma importância o retorno de São Paulo às competições da CBSurf e estamos trabalhando para ter todos os estados do Brasil organizados e competitivos”, diz Adalvo. “São Paulo, além de ser o maior mercado brasileiro, vem há muito tempo fazendo um grande trabalho e produzindo os melhores atletas brasileiros. Então, vejo com naturalidade este fato”, complementa Guilherme.

Jornalista baiana, soteropolitana, faconiana. Mestrado em jornalismo esportivo pela St. Mary's University, do Reino Unido. Bolsista Chevening 2015/2016.

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