Siga o OTD

Paris 2024

Vela do Brasil em boa situação na briga por vagas olímpicas

Antes do começo das regatas desta quinta-feira, três barcos estão em posição provisória de classificação olímpica, o que daria seis novas vagas ao país

Samuel Reis Albrecht y Gabriela Nicolino De Sa nacra vela pan santiago-2023 em disputa por vaga olímpica para paris-2024
(Matias Capizzano/Santiago 2023 via Photosport)

O Brasil se aproxima da reta final das disputas da vela com boas chances de conquistar algumas vagas olímpicas. Provisoriamente, três barcos de duplas brasileiras estão em posição de classificação. Portanto, seriam seis novas vagas para o Brasil se as competições terminassem hoje, acima da previsão feita pelo OTD ao início da competição. Além disso, outros barcos estão próximos de adversários diretos.

Atualmente as parcerias que classificam o Brasil seriam Samuel Albrecht e Gabriela de Sá, na nacra mista, e as duas duplas do skiff: Martine Grael e Kahena Kunze, na 49erFX feminina, além de Marco Grael e Gabriel Simões, na 49er masculina. Enquanto a dupla feminina e a mista tem larga vantagem sobre os rivais, existe uma disputa muito apertada na masculina.

+Calendário atualizado diariamente de vagas olímpicas no Pan de Santiago

Nas disputas de laser, Gabriela Kidd, no feminino, e Bruno Fontes, no masculino estão próximos dos rivais, enquanto Bruna Martineli na IQ Foil e Maria Socorro Reis na Kite feminina estão mais distantes, mas ainda com chances. Vale lembrar que Bruno Lobo e Mateus Isaac já garantiram vagas para o país no Mundial de Vela. Todas vagas são para o país e não necessariamente serão usadas pelos atletas que as conquistaram. 

Brasil lidera disputa por vaga olímpica na categoria mista

O 470 é a única categoria olímpica que não está presente nos Jogos Pan-Americanos. Portanto, a única disputa mista que envolve vagas olímpicas é na Nacra. Como a Argentina já ganhou a vaga via mundial, Samuel Albrecht e Gabriela de Sá estão bem cotados para a vaga olímpica. Eles somam 20 pontos, e estão bem a frente da dupla chilena, com 37 pontos. Já pela disputa da vaga da América do Norte e Caribe, a parceria estadunidense tem 18 pontos contra 34 da canadense. Apenas 5 barcos competem.

Martine e Kahena conquistariam vaga para Paris-2024 se disputa terminasse hoje

Apenas 5 duplas participam das disputas do 49erFX (skiff) feminino. Como os EUA já tem vaga via mundial, só sobra a dupla canadense para a briga pela vaga da América do Norte e Caribe. Pela briga da América do Sul e Central, Martine Grael e Kahena Kunze tem apenas 13 pontos perdidos, com boa distância das duplas da Argentina (30) e Peru (37).

Na IQ Foil feminina, apenas o México já tinha vaga garantida. Deste modo, a vaga da América do Norte e Caribe já foi conquistada pelos Estados Unidos, depois que Canadá e Cuba apresentaram problemas em quase todas etapas. Pela disputa da América do Sul, Peru lidera a competição com 16 pontos, e a brasileira Bruna Martinelli é a mais próxima, com 42.

Os Estados Unidos também lideram com tranquilidade a briga pela vaga da América do Norte e Caribe no Kite, com apenas 9 pontos perdidos, contra 51 de Canadá e 71 do México. Pela América do Sul e Central, a Argentina lidera com 16 pontos perdidos, seguidos de Colômbia, com 21 e a brasileira Maria Socorro Reis, com 30 pontos, em quarto lugar no geral.

No laser são duas vagas em jogo por região e EUA, Argentina e Canadá já tem vagas via mundial. Pela América do Sul e Central, Gabriela Kidd tem 40 pontos perdidos, atrás de atletas do Uruguai (30) e Peru (32) na disputa pelas vagas. Já pela América do Norte e Caribe, por enquanto, o México lidera com 44 pontos, seguidos de Bermudas com 63 e Ilhas Cayman 84.

Também no masculino, a dupla de skiff lidera, mas barco uruguaio segue próximo

No 49er (skiff), apenas a dupla norte-americana já tem vaga garantida. Portanto, Canadá (27 pontos) e México (30 pontos) brigam pela vaga da América do Norte e Caribe. Pela vaga da América do Sul, Marco Grael e Gabriel Simões estão com 25 pontos, pouco a frente da dupla uruguaia, com 27 pontos.

Na Laser, apenas o Peru já tem vaga e é justamente o país que está liderando. Em seguida, completam o top5 quatro atletas da América do Sul e Central, brigando por 2 vagas: Chile e Guatemala tem 27 pontos, Argentina 28 e Brasil, com Bruno Fontes, 30. Para as 2 vagas da América do Norte e Central, Porto Rico já está praticamente garantido com 57 pontos, mas Canadá (57 pontos), Aruba (59), Bermudas (60), Santa Lúcia (62) e Estados Unidos (65) estão muito próximos.

Na IQ Foil, o Brasil já tem uma vaga garantida, com Mateus Isaac. A vaga para América do Norte e Caribe está virtualmente com Aruba, já que Emilio Westera tem 16 pontos descartados, contra 28 do norte-americano Noah Lyons. Já a vaga para América do Sul e Central parece estar entre Venezuela, com 41 pontos e Argentina, com 42.

Outra categoria com vaga do Brasil já assegurada via mundial, o kite também oferece 2 vagas. Bruno Lobo está em primeiro e é o favorito pelo ouro. A vaga da América do Norte e Caribe parece estar entre Antígua e Barbuda (22 pontos), Estados Unidos (23 pontos) e República Dominicana (26). Os lanterninhas são os únicos representantes da América Central e do Sul: Colômbia tem 51 pontos perdidos, Argentina 66 e Chile 77.

Confira a distribuição de vagas provisória por país

Antígua e Barbuda 1 (Kite masculina)
Argentina 1 (Kite feminina)
Aruba 1 (IQ Foil masculina)
Brasil 6 (49er masculino – dupla, 49erFX feminino – dupla; Nacra mista – dupla)
Bermudas 1 (laser feminina)
Canadá 7 (Laser masculina, 49er masculino – dupla, 49erFX feminino – dupla; Nacra mista – dupla)
Chile 1 (Laser masculina)
Colômbia 1 (Kite masculina)
Estados Unidos 2 (IQ Foil feminina, Kite feminina)
Guatemala 1 (Laser masculina)
México 1 (Laser feminina)
Peru 2 (IQ Foil feminina, Laser feminina)
Porto Rico 1 (Laser masculina)
Uruguai 1 (Laser feminina)
Venezuela 1 (IQ Foil masculina)

Interessado em cinema, esporte, estudos queer e viagens. Se juntar tudo isso melhor ainda. Mestrando em Estudos Olímpicos na IOA. Estive em Tóquio 2020.

Mais em Paris 2024