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Rugby

Tupis encaram a 1ª etapa do circuito de acesso à elite mundial

Entre os dias 20 e 22 de abril, a Seleção Brasileira Masculina de Rugby Sevens joga em Stellenbosch, na África do Sul, a 1ª etapa do World Rugby Sevens Challenger

Tupis Rugby Sevens Circuito mundial de rugby sevens
(Divulgação/World Rugby)

A Seleção Brasileira Masculina de Rugby Sevens, gerenciada pela CBRu (Confederação Brasileira de Rugby), começa a sua jornada na busca por um lugar na elite do Circuito Mundial para a temporada 2023/2024. Entre esta quinta-feira (20) até o próximo sábado (22), Stellenbosch, próxima à Cidade do Sul, na África do Sul, recebe a 1ª etapa do World Rugby Sevens Challenger, o circuito da 2ª divisão mundial, com o Brasil entre as 12 seleções masculinas que buscam a promoção. Os jogos serão no Markötter Stadium, ainda sem transmissão confirmada.
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Como funciona a promoção à 1ª divisão?

Primeiramente, o World Rugby Sevens Challenger conta com duas etapas, ambos em Stellenbosch – sendo a primeira nos dias 20 a 22 e a segunda entre 28 e 30 de abril. O campeão do circuito, na somatória das duas etapas, garante vaga no torneio de acesso entre os dias 20 e 21 de maio, em Londres, na Inglaterra, onde enfrentará as equipes classificadas em 12º, 13º e 14º lugares na 1ª divisão mundial. Assim, será um quadrangular valendo uma última vaga na 1ª divisão de 2023/2024. No momento, a 1ª divisão conta com 15 seleções, mas será reduzida para 12. Por isso, não haverá promoção direta ao campeão do Challenger.

Tupis de olho nas quartas de final

As 12 seleções foram divididas em três grupos com quatro times cada, sendo que, os dois primeiros colocados de cada grupo e os dois melhores 3º colocados avançam às quartas de final. O Brasil está no grupo C ao lado de Uganda, Coreia do Sul e Jamaica com fortes chances de avançar. Na história, os Tupis enfrentaram duas vezes a Jamaica, com um triunfo para cada lado. No entanto, contra Uganda, foi apenas um jogo na história, em 2020, com triunfo africano por 19 a 12. A Jamaica ficou em 10º lugar e Uganda em 6º lugar geral no Challenger do ano passado, que não teve participação brasileira e o Uruguai foi vencedor. A Coreia do Sul será adversário inédito para os brasileiros e chega com a experiência de ter jogado os Jogos Olímpicos de Tóquio.

Equipe brasileira

Para buscar um grande resultado na África do Sul, os Tupis montaram uma equipe mesclando jogadores experientes, como Laurent Bourda-Couhet, hoje no Barcelona-ESP, e Gustavo “Rambo” Albuquerque, ambos remanescentes do time brasileiro que disputou o Rio 2016, com nomes ascendentes, como o capitão Robson “Varejão” Morais, atleta do Pasteur e dos Cobras (que jogam o Super Rugby Américas, a liga profissional do continente), Aramis Padilla e Alison Crispin, que defenderam no ano passado a Seleção Brasileira M20. O treinador Lucas “Tanque” Duque, que também jogou pelo Brasil no Rio 2016, ainda apostou em nomes vindos do exterior, como Lorenzo Massari, radicado no rugby italiano, e o novato Dominic Oliveira, que joga no rugby universitário dos Estados Unidos, além de Laurent. Matheus Cruz e Lucas Drudi ainda completam a lista de nomes mais rodados, ambos campeões brasileiros no último ano com o Jacareí-SP.

“Durante toda a minha carreira na seleção joguei ao lado do Tanque e agora é incrível ser treinado por ele. Estou muito feliz porque vejo ele trazendo coisas novas para os treinos. Os jovens que estavam desde o ano passado na seleção estão jogando muito bem e será um desafio. A sensação de estar com essa molecada é boa demais, estou muito feliz e parece até a minha primeira vez. Lembrei de todas as outras minhas convocações”, contou Rambo sobre seu retorno à seleção.

No Grupo A estão Tonga, favorita neste ano após boa campanha como convidada na primeira divisão, Alemanha, semifinalista de 2022, Zimbábue, que alcançou as quartas de final do ano passado, e Bélgica, que substitui a vice-campeã de 2022, a Geórgia. Já no Grupo B, estão Chile, Hong Kong, Papua Nova Guiné e a promissora Itália.

Brasil representado também na arbitragem

Além disso, o Brasil também contará com o árbitro Cauã Ricardo na competição, que apita pelo segundo ano seguido o World Rugby Sevens Challenger. O juiz também faz parte do plantel do Super Rugby Américas.

Sul-Americanas de olho na promoção no feminino

Junto do torneio masculino, o World Rugby Sevens Challenger também contará com disputas femininas, igualmente com 12 seleções. O Brasil não estará no evento por já ter vaga na próxima edição da 1ª divisão. Colômbia e Paraguai são as representantes sul-americanas no torneio em Stellenbosch. Entre as mulheres, a seleção campeã da 2ª divisão, após 2 etapas, conseguirá o acesso à elite diretamente.

Jornalista capixaba formado na PUC-SP e amante dos esportes olímpicos e paralímpicos.

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