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Paris 2024

Vôlei de praia busca redenção após fracasso em Tóquio-2020

OTD em Paris traz conversa com Duda/Ana Patrícia e Bárbara Seixas/Carol Solberg, duplas do vôlei de praia

Depois de passar em branco pela primeira vez em uma Olimpíada, em Tóquio-2020, o vôlei de praia brasileiro vai atrás de uma redenção nos Jogos Olímpicos de Paris. E o novo ciclo começou promissor. No feminino, temos uma dupla campeã mundial e outra que é presença frequente nas primeiras posições do ranking. Nesta semana, o OTD em Paris traz um papo com as duplas Bárbara Seixas/Carol Solberg e Duda/Ana Patrícia, que participaram da etapa de Paris do Circuito Mundial no último fim de semana.

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Duda e Ana Patrícia representaram o Brasil no vôlei de praia dos Jogos de Tóquio, mas em duplas diferentes. Duda, com Ágatha, e Ana Patrícia, com Rebecca. Após a competição, elas se uniram, retomando uma parceria de longa data e que rendeu diversos títulos na base. Juntas, as atletas foram campeãs dos Jogos Olímpicos da Juventude em 2014 e bicampeãs mundiais sub-21, em 2016 e 2017.

Duda e Ana Patrícia vice campeãs Top 8 etapa de Natal do Circuito Brasileiro de vôlei de praia
Duda e Ana Patrícia são destaque nos Circuitos Brasileiro e Mundial (Ana Patrícia/Inovafoto/CBV)

A reunião dessas duas começou com tudo. Elas se sagraram campeãs mundiais em 2022, em competição disputada em julho, e costumam frequentar o pódio dentro e fora do Brasil. Na etapa Elite de Paris do Circuito Mundial, a parceria conquistou a medalha de bronze, após seis vitórias e uma única derrota.

“Vai fazer dez meses que nós nos juntamos e às vezes a gente para e fala: ‘quantas coisas já vivemos, conquistamos e aprendemos’. Os pódios são importantes, aqui e no Brasileiro. Isto mostra que nós estamos no caminho. A gente diz que o pódio é o ouro de toda posição”, comenta Ana Patrícia.

Líderes do ranking

Outra dupla que acumula pódios nos circuitos nacional e internacional é Carol Solberg e Bárbara Seixas. Elas chegaram para a etapa de Paris como líderes do ranking mundial de vôlei de praia. Medalhista olímpica, Bárbara detalhou o momento da dupla e falou sobre como a prata conquistada na Rio 2016 pode ser importante no processo rumo aos próximos Jogos Olímpicos.

Bárbara Seixas/Carol Solberg vôlei de praia medalha de ouro Campo Grande circuito brasileiro de vôlei de praia Top 8
Bárbara Seixas e Carol Solberg representam o Brasil no vôlei de praia (Foto: FIVB)

“Sabemos que é um processo. Já tive uma experiência muito positiva como medalhista em uma Olimpíada, já passei pelo momento em que também não consegui a vaga. E acho que isso faz parte do nosso esporte. Quisera eu dizer que já ter uma medalha olímpica garantisse outra. Isto tem uma certa beleza, de nos reinventar cada dia e a cada ano, tentando superar esses desafios”, diz Bárbara.

O vôlei de praia está mais difícil?

Um ponto que é consenso entre as atletas é o fato de que o Circuito Mundial está mais nivelado. Países que não tinham tradição no esporte passaram a frequentar os pódios das principais competições.

“O Brasil sempre foi pioneiro no vôlei de praia, mas os times dos outros continentes se aprimoraram muito. Então, é natural esperar que o circuito se torne cada vez mais nivelado. Se pegar o retrospecto de campeonatos mundiais e até de Olimpíadas, você já vê que diversos times da Europa, até da China, estão comparecendo no pódio”, comenta Bárbara ao OTD em Paris.

Duda/Ana Patrícia Elite 16 OTD em Paris
Duda e Ana Patrícia nas areias francesas (Foto: Volleyball World)

“O vôlei de praia evoluiu de uma forma que não dá mais para você enxergar com os mesmos olhos e achar que existe uma hegemonia de Brasil e Estados Unidos como existia a dez anos. Sabemos que vai ser um ciclo muito difícil, porque temos times muito fortes no Brasil, todos com chances de chegar na Olimpíada e medalhar. Tem muito caminho ainda”, cita Ana Patrícia.

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Mas o objetivo das nossas duplas em Paris vão além das medalhas e chegam nas belezas que a cidade proporciona. E não é pra menos: a etapa do circuito mundial foi disputada em Roland Garros, o lendário palco do tênis. Já a Olimpíada terá como palco uma arena provisória montada em frente ao cartão postal mais simbólico de Paris, a Torre Eiffel.

Apresentador do canal Kenjiria, dedicado ao esporte olímpico.

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