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Nado Artístico

Giovana Stephan fala da rotina de treinos e do dia a dia

Divulgação

O dia tem 24 horas, mas, para algumas pessoas, parece ter mais. Imagina ter que dividir seu dia entre: treinar por cerca de sete horas, estudar mais quatro e ainda ter que costurar maiôs, estudar coreografias e novas tendências… Essa é basicamente a rotina das atletas de Nado Artístico. O cotidiano fica ainda mais pesado quando a atleta, no caso, é eleita a mais eficiente do Campeonato Sul-Americano da modalidade.

Giovana Stephan foi um dos destaques da seleção brasileira no Campeonato Sul-Americano de Lima, em 2018. Em 2017, ao lado de Renan Alcantara, também foi destaque da Seleção ao classificar o dueto misto do Brasil para a final do Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos de Budapeste.

Por isso, Giovana Stephan é a entrevistada do mês no quadro Sala dos Atletas no site da CBDA

CBDA: Como é ser um atleta profissional de Nado Artístico? 

GS: Dedicação e amor. É acordar às 5h30 para treinar, é brincar com as colegas e, às vezes, se irritar. Estar sempre queimada de sol e quase sempre dolorida de um exercício novo. Ter sempre grampo esquecido na mochila e estar sempre atenta ao que pode trazer de novo para a equipe. É saber costurar maiô, fazer coque e maquiagem, escolher músicas e contar “5, 6, 7, 8” para falar o grito de guerra ou começar qualquer coisa e para dizer que acabou também.

CBDA: Qual é a sua rotina como atleta profissional?

GS: Nesse período de preparação para o Mundial, treino das 7h30 às 11h30, almoço, descanso e volto para a próxima sessão de treino das 15h às 18h. No período da noite, vou para a faculdade de fisioterapia das 19h às 22h. Volto para casa para preparar as coisas para o dia seguinte. Aos sábados, temos um treino só e folga aos domingos, quando descansamos. Gosto de dar uma volta na Lagoa, praia ou cachoeira. Gosto também de ficar com a família e amigos.

CBDA: Quando você viu que se tornaria atleta e viveria do esporte?

GS: Sabia que me tornaria atleta desde que entrei no esporte, com 9 anos. Um atleta simplesmente é, não é uma escolha. É um “modus operandi”. Sempre pratiquei de forma profissional. O reconhecimento e a remuneração vem de acordo com os resultados.

CBDA: Qual foi seu momento de maior tristeza no esporte e como lidou com isso?

GS: Perda de uma amiga e companheira de equipe em um acidente de carro. Lidei junto com isso e a equipe nadando por ela.

CBDA: Qual foi o momento de maior felicidade?

GS: Tenho algumas lembranças boas, mas a medalha do Pan de 2011, em Guadalajara, foi marcante e o primeiro campeonato Sul-Americano com o dueto misto em 2016.

CBDA: Como é fazer parte do primeiro e principal dueto misto do Brasil?

GS: Intenso

CBDA: Qual é o seu maior sonho e como você planeja chegar lá?

GS: Ver a participação do dueto misto nas Olimpíadas, fortalecendo a presença masculina no esporte. Essa abertura é muito importante.

CBDA: O que você diria para quem está começando e se espelha em você?

GS: Se conheça, essa é a grande brincadeira da vida. Saiba o que te faz bem, te faz feliz e faça mais disso. “Plante umas sementes”, regue, dedique-se e tenha paciência para esperar crescer. Os resultados vêm com a prática é a dedicação em tudo o que fizer.

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