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Judô

Seletiva Nacional de Judô inicia projeto para Paris 2024

A competição reuniu cerca de 200 judocas no Ginásio da Sogipa, em Porto Alegre.

Seletiva Nacional de Judô aponta promessas para Paris 2024
Aléxia Nascimento, da Sogipa, venceu a categoria -70kg em casa (Foto: Beatriz Riscado/CBJ)

Com a temporada 2022 se aproximando do fim, as atenções do judô brasileiro se voltaram para a última competição sênior do calendário da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), a Seletiva Nacional de Judô – Projeto Paris 2024. A competição reuniu cerca de 200 judocas no Ginásio da Sogipa, em Porto Alegre, nos dias 12 e 13 de novembro. O torneio marcou o início do processo de formação da seleção brasileira de judô para 2023.

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A Seletiva é uma das portas de entrada para a equipe principal e quem chega lá precisa alcançar as metas de rendimento estipuladas pela Confederação. Por meritocracia, quem atendeu aos critérios seguirá recebendo investimento no ano que vem e não precisará lutar a Seletiva. É o caso dos medalhistas olímpicos de Tóquio 2020, dos atletas que ficaram até a 7ª colocação no Campeonato Mundial de Tashkent, neste ano, e dos atletas que ficaram até a 17ª colocação no ranking mundial após o Mundial.

A previsão da CBJ é que os campeões dessa Seletiva sejam convocados para o Grand Prix de Portugal, em janeiro, ou para alguma etapa de Open, dependendo da avaliação da comissão técnica.  

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Vencedoras nas categorias femininas

48kg — Amanda Lima (Minas Tênis Clube)

O peso ligeiro foi definido em final direta entre as campeãs dos grupos 1 e 2, Amanda Lima (Minas Tênis Clube) e Natasha Ferreira (Sociedade Morgenau). Titular da Seleção em 2022, Amanda foi superior na competição toda e venceu a final sobre Natasha por ippon para conquistar a Seletiva mais uma vez. 

52kg — Thayná Lemos (Instituto Reação)

A final do 52kg foi uma luta eletrizante entre Gabriela Conceição, do Minas Tênis Clube, e Thayná Lemos, do Instituto Reação. As duas foram campeãs de seus grupos e se enfrentaram pelo primeiro lugar. Em combate equilibrado, Thayná acabou levando a melhor nas punições quando Gabriela foi punida por falso ataque pela terceira vez. 

57kg — Jéssica Pereira (Instituto Reação)

Uma das categorias mais disputadas do dia, o peso leve teve cinco atletas se enfrentando na fase de rodízio. Quem levou a melhor foi Jéssica Pereira, do Instituto Reação, que venceu suas quatro lutas por ippon. Superou Jéssica Lima (Sogipa), Ketelyn Nascimento (Pinheiros), Layana Colman (Paineiras do Morumby) e, por fim, no confronto direto pelo primeiro lugar, venceu Shirlen Nascimento (Minas Tênis Clube) para sagrar-se campeã. 

63kg — Gabriella Mantena (Minas Tênis Clube)

O meio-médio também foi marcado por grande equilíbrio na fase de rodízio, com Gabriella Mantena (Minas Tênis Clube), Tamires Crude (Instituto Reação) e Nauana Silva (Pinheiros) chegando à última rodada com chances de serem campeãs. Com a regra na cabeça, Mantena entrou pro combate final com Tamires Crude sabendo que só o ippon lhe daria o título e jogou na estratégia, vencendo nas punições. Assim, conquistou o primeiro lugar.

70kg — Aléxia Castilhos (Sogipa)

A Sogipa, equipe da casa, teve sua primeira campeã na Seletiva Nacional 2022. Aléxia Castilhos, que recentemente subiu de categoria (63kg para 70kg), teve um dia perfeito e deixou o shiai-jo invicta. Foram seis vitórias ao todo, com a decisiva sobre Eduarda Rosa (Grêmio Náutico União).

Aléxia chegou na Seletiva pelo Qualifying, onde também foi campeã.

78kg — Millena Silva (Minas Tênis Clube)

A minastenista Millena Silva venceu Eliza Ramos (C.R. Flamengo) na grande decisão da categoria meio-pesado. A vitória veio por acúmulo de shidos da atleta rubro-negra, em um confronto duro e muito estudado.

+78kg — Giovanna Santos (C.R. Flamengo)

A primeira campeã do dia foi Giovanna Santos, do Clube de Regatas do Flamengo. A peso pesado estreou direto na poule, por ser a atual campeã brasileira e do Troféu Brasil, e venceu suas quatro lutas por ippon (Karla Oliveira, Victória Oliveira, Kátia Alves e Enya Pires).

Vencedores nas categorias masculinas

60kg – Diego Ismael (Minas Tênis Clube)

O peso ligeiro teve um campeão inédito. Diego Ismael (Minas Tênis Clube), que veio de ótimo desempenho na 1ª fase, venceu o campeão do Troféu Brasil, Chrystian Silva (Paineiras do Morumby), por ippon, na final, e conquistou o primeiro lugar na Seletiva Nacional. O judoca de 22 anos será uma das novidades da seleção brasileira de judô em 2023. 

66kg – Phelipe Pelim (Esporte Clube Pinheiros)

Já o meio-leve teve uma decisão caseira entre os experientes Eric Takabatake (Esporte Clube Pinheiros) e Phelipe Pelim (Esporte Clube Pinheiros). Em duelo equilibrado, Pelim conseguiu a projeção por waza-ari e venceu a Seletiva para retornar à seleção em nova categoria e depois de superar uma lesão grave no joelho que o afastou dos tatames por um longo período. A volta por cima chegou, enfim, para Pelim. 

73kg – Vinícius Ardina (SESI-SP) 

O campeão do peso leve talvez tenha sido a maior surpresa da competição. Campeão brasileiro júnior neste ano, o novato Vinícius Ardina (SESI-SP), de apenas 19 anos, levou a melhor nas duas fases da Seletiva. Foi finalista na eliminatória e o melhor da fase de rodízio, desbancando Gabriel Falcão (Instituto Reação), Jeferson Santos Jr (ADPM São José dos Campos), Julio Koda Filho (Minas Tênis Clube) e David Lima (Sogipa), todos com passagens pela seleção. 

81kg – Eduardo Yudy Santos (Esporte Clube Pinheiros)

Em confronto equilibrado, Guilherme Guimarães (Minas Tênis Clube) surpreendeu Eduardo Yudy (Esporte Clube Pinheiros) em contra-golpe que valeu um waza-ari para o minastenista. Yudy, contudo, soube manter a calma e buscou a virada com outros dois waza-ari para sagrar-se campeão e retorna à seleção em 2023. 

90kg – Giovani Ferreira (Esporte Clube Pinheiros)

O primeiro campeão do dia foi o médio Giovani Ferreira, do Esporte Clube Pinheiros, que venceu suas quatro lutas no rodízio, superando Wilgner Mendes (SESI), Rodrigo Menezes (Instituto Reação), Matheus Oliveira (Minas Tênis Clube) e, por último, Gustavo Assis (Instituto Reação) no confronto direto pelo 1º lugar. 

100kg – Eduardo Bettoni (Minas Tênis Clube)

Em seguida, Eduardo Bettoni (Minas Tênis Clube) e Leonardo Gonçalves (Sogipa) fizeram o ginásio vibrar com as duas torcidas empurrando os dois atletas. Descansado, pois teve a vantagem de não lutar a eliminatória por ser o campeão brasileiro, Bettoni abriu um waza-ari de vantagem no primeiro minuto e liquidou o confronto com outro waza-ari na sequência. Ele voltará a representar o Brasil na equipe principal em nova categoria. 

+100KG – João Marcos Cesarino (Instituto Reação)

O peso pesado foi definido na final entre João Marcos Cesarino (Instituto Reação) e Tiago Palmini (Minas Tênis Clube). Em luta equilibrada, Cesarino conseguiu abrir um waza-ari de vantagem na final e concluiu a vitória com ippon por imobilização para conquistar o título de campeão da Seletiva Nacional. 

 

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