Daiane dos Santos tem o seu nome eternizado na história da ginástica artística. Além de ser a primeira brasileira campeã mundial no esporte, ela colocou o seu nome no código de pontuação da modalidade, com suas acrobacias inéditas no solo. Mas 12 anos após a sua aposentadoria, Daiane pode ter pela terceira vez o “Dos Santos” adicionado no rol de elementos da ginástica artística feminina, com uma nova entrada na trave que ela executou em 2001 nos Jogos Mundiais Universitários, cujo vídeo reapareceu nessa semana.
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Toda vez que uma ginasta compete um elemento inédito em uma competição internacional, ele pode fazer uma solicitação à Federação Internacional (FIG) para que ele seja incluído no código de pontuação. Caso o atleta o faça com sucesso, ele é incluído no código e ainda leva o seu sobrenome.
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Os “Dos Santos”
Daiane dos Santos tem dois elementos para chamar de seu no código de pontuação. O duplo twist carpado (Dos Santos) e o duplo twist esticado (Dos Santos 2). Antigamente, a FIG só homologava elementos feitos em Campeonatos Mundiais e Jogos Olímpicos. Mas a entidade flexibilizou essa regra nos últimos anos, permitindo a inscrição de novos elementos em qualquer competição internacional com um oficial da FIG presente.
E é dessa forma, que o Brasil poderá conseguir homologar um terceiro elemento com o nome de Daiane dos Santos. A CBG pode enviar uma petição à FIG para tentar homologar retroativamente um elemento inédito que a gaúcha apresentou nos Jogos Mundiais Universitários (a antiga Universíade) em Tianjin, na China, em 2001. Daiane executou uma difícil entrada na trave com um mortal para frente na posição esticada. Até hoje, as ginastas que tentam uma entrada similar o fazem ou na posição grupada (dobrando quadril e joelho) ou na posição carpada (dobrando o quadril). Com o vídeo da difícil entrada de Daiane reaparecendo duas décadas depois, alguns fãs de ginástica têm comentado nas redes sociais sobre a possibilidade dele entrar no código.
🚨ALERTA DE RARIDADE!! 🚨
— Duplo Twist Hablado (@DuploTwistPod) April 4, 2024
Foi postado hoje um vídeo de uma prova de trave da rainha Daiane dos Santos na Universíade de 2001, onde, PASMEM, ela executou COM SUCESSO um elemento inédito e não homologado até hoje: entrada de mortal esticado para frente! 🤯
🎥 edmed79 no instagram pic.twitter.com/BXnnGRFtO8
O Olimpíada Todo Dia entrou em contato com a CBG que disse que ainda não solicitou a homologação para a FIG, mas que existe essa possibilidade. Vale ressaltar que o comitê técnico da FIG deve fazer uma análise criteriosa da série de Daiane dos Jogos Mundiais Universitário de 2001 e pode não aceitar a solicitação, por conta de alguns erros da brasileira na série. Mesmo assim, a série de trave de 23 anos atrás serve para mostrar como Daiane dos Santos foi inovadora e a frente do seu tempo na ginástica
