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Jogos Olímpicos de Inverno

De patrocinador novo, seleção viaja visando o mundial e Paralimpíada

Com resultados cada vez mais expressivos, equipe do Brasil de para ski cross country parte para o exterior em busca de fazer história na Noruega e em Pequim 2022

CBDN - para ski cross country - Cristian Ribera - Aline Rocha

Resultados expressivos, atletas entre os melhores do mundo, medalhas e participação recorde nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022. O crescimento do para ski cross country do Brasil segue em alta e a modalidade tudo para fazer história no Campeonato Mundial de Lillehammer, na Noruega, em janeiro, e também na Paralimpíada de Inverno de Pequim 2022, que será disputada entre os dias 4 e 13 de março.

O crescimento também tem atraído novas marcas interessadas em investir no para ski cross country. Nessa terça-feira (16), a Confederação Brasileira de Desportos na Neve (CBDN) anunciou uma parceria de 4 anos com a De Mendes, marca de chocolates sustentáveis do Pará e que preza pela transparência e sustentabilidade.

O anúncio do patrocínio marcou também a despedida da seleção brasileira de para ski cross country, que partirá ao exterior nas próximas semanas para treinamentos específicos e participação nas últimas competições internacionais antes dos grandes eventos da modalidade.

O Brasil será representado por cinco atletas no para ski cross contry (número recorde do país para uma edição dos Jogos Paralímpicos): Cristian Ribera, Aline Rocha, Robelson Lula, Guilherme Rocha, Robelson Lula e Wesley dos Santos, todos comandados pelo treinador Francisco Orso.

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“A Aline e o Fernando embarcam já nessa terça para os Estados Unidos e se juntam com a equipe na Europa duas semanas depois, no começo de dezembro. Lá, eles ficam direto e participam da Copa do Mundo na Suécia, Europa Cup na Finlândia, o Mundial de Lillehammer – que seria originalmente realizado no ano passado mas foi adiado por conta da pandemia – e depois os Jogos Paralímpicos,” explica Pedro Cavazzoni, CEO da CBDN.

Expectativas altas

As duas grandes esperanças do Brasil estão com Cristian Ribera e Aline Rocha. A dupla que já representou o Brasil nos Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang 2018. Desde a participação n Coreia, tanto Cristian quanto Aline obtiveram resultados pra lá de significativos, chegando inclusive a figurar nas primeiras posições do ranking mundial

Antes da pandemia, Cristian Ribera conseguiu duas medalhas de prata em etapas da Copa do Mundo e figurou entre os cinco melhores entre as oito provas que disputou.  Com isso, foi vice-campeão geral do Circuito de Copas do Mundo da modalidade, o principal circuito internacional do para cross country. Em fevereiro desse ano, o atleta ocupava a 3ª colocação do ranking mundial

“A expectativa é ter uma temporada muito boa. Os treinos foram ótimos esse ano e conseguimos melhorar. Estamos adiantados em relação ao ano passado. Estou motivado. A meta é conseguir uma medalha. Vai ser difícil, mas ao menos um 5º lugar eu quero buscar,” afirmou Cristian Ribera, sexto colocado em PyeongChang 2018 com apenas 15 anos de idade.

Aline Rocha foi outra que evoluiu muito no ciclo, especialmente nesse ano. Em março, na Copa do Mundo em Planica/Kranjska Gora, na Eslovênia, a atleta levou a medalha de bronze.

“A pandemia acabou cancelando muitas competições. Quando surgiu a oportunidade de ir no início desse ano para os Estados Unidos e depois para a Eslovênia, não imaginava como iria estar perante os outros atletas do mundo. O 3º lugar na Copa do Mundo foi espetacular e motivou bastante. Depois de lá, acredito que tenha evoluído ainda mais. Uma medalha não é impossível,” avalia Aline.

 Aline Rocha e Cristian Ribera, esperanças do para ski cross country no Mundial da Noruega e na Olimpíada de Pequim 2022 (Rafael Freitas)
Aline Rocha e Cristian Ribera, esperanças do para ski cross country no Mundial da Noruega e na Olimpíada de Pequim 2022 (OTD/Rafael Freitas)

Nova parceria

Não só os resultados recentes dos atletas do para ski cross country cativaram a De Mendes a patrocinar a CBDN e em especial a modalidade. Pedro Cavazzoni destaca a visão inovadora da marca, que rendeu em outubro o prêmio de “startup do ano” no Fórum Mundial de Bioeconomia, realizado em Manaus. Também destaca o compartilhamento de valores centrais como a integridade socioambiental, o amor pela natureza, a transparência e a sustentabilidade.

“O patrocínio vai além da óbvia associação da vontade de comer chocolate no frio. A De Mendes faz coisas pouco improváveis para uma start up brasileira no meio da Amazônia… Esse é o DNA das duas organizações. Querer fazer o impossível. Do mesmo jeito, nossos atletas competem na neve, de igual para igual. Algo impensável há 10 anos,” ressalta o CEO da CBDN.

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