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Edson Bindilatti planeja construir pista de bobsled suspensa

Edson Bindilatti, piloto da equipe brasileira de bobsled, lança financiamento coletivo para construir pista de bobsled suspensa para largada

Edson Bindilatti, do bobsled brasileiro, busca construir uma pista de bobsled suspensa
Edson Bindilatti, do bobsled brasileiro, busca construir uma pista de bobsled suspensa para a prática da largada no país (CBDG)

A pandemia de Covid-19 impactou a preparação da equipe brasileira de bobsled, mas isso não significa que a modalidade está parada no país. Edson Bindilatti, atleta mais experiente do país na modalidade, quer aproveitar o atual momento e construir uma pista de bobsled suspensa para a prática de push (largada).  

É a primeira deste tipo no país. Para agilizar este objetivo, ele lançou em outubro o projeto “Sonho Real”, um financiamento coletivo que pretende levantar os recursos financeiros necessários para o empreendimento. A proposta é arrecadar R$ 160 mil e construí-la o quanto antes – se possível, em dezembro de 2020.

“Escolhi a modalidade de contêineres por ser mais rápido e ter uma funcionalidade muito boa. Embaixo ficará uma academia e em cima começa a pista em si. Consigo agregar mais vantagens e ter uma construção rápida, de semanas”, afirma Bindilatti.

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A pista de bobsled suspensa vai ser montada no antigo centro do BM&F Bovespa, um dos principais clubes de atletismo do país, em São Caetano do Sul (SP). No local, que retornou aos cuidados da prefeitura, há o centro de treinamentos de lutas e artes marciais e a pista de atletismo.

Assim, a expectativa é integrar a modalidade de gelo a outras práticas esportivas e desenvolver projetos sociais na região, atraindo crianças e adolescentes para atividades físicas. “Quero devolver para a sociedade tudo o que o esporte me proporcionou”, complementa o piloto brasileiro.

Confira entrevista completa de Edson Bindilatti no Brasil Zero Cast, o podcast do Brasil Zero Grau!

Qual a diferença da pista de bobsled suspensa?  

Diferentemente da pista de bobsled construída pelos atletas brasileiros no Núcleo de Alto Rendimento, em São Paulo, a pista suspensa, como o próprio nome sugere, é mais elevada. Enquanto a primeira estrutura está no plano, a segunda vai largar em cima de contêineres e depois fazer um declive.

Isso permite que o treinamento se assemelhe ainda mais ao realizado nas pistas oficiais de gelo na Europa e América do Norte. Todas contam com um trecho plano para a largada e uma descida de trinta a quarenta metros em que os atletas entram no trenó.

Pista suspensa de Bobsled: projeto de Edson Bindilatti
Arte da pista de bobsled suspensa, projeto idealizado por Edson Bindilatti (Divulgação)

Bindilatti busca quinta participação olímpica

Aos 41 anos, Edson Bindilatti quer construir a pista de bobsled suspensa também de olho na preparação da equipe brasileira para os Jogos de Inverno de Pequim-2022. Com quatro participações olímpicas (2002, 2006, 2014 e 2018), ele almeja conquistar a quinta classificação ao evento.

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O Brasil está bem cotado no ranking internacional para ficar com uma vaga no quarteto e outra nas duplas. Contudo, diferentemente das edições anteriores, Bindilatti divide o posto de piloto brasileiro com Marley Linhares, jovem atleta presente nos Jogos da Juventude de Inverno de Lillehammer-2016. A estratégia faz parte do processo de renovação iniciado pela CBDG em 2018.  

“Podemos fazer um grande resultado em 2022. Não quero ir para passear. São 30 metros para empurrar o trenó e 1400 metros para pilotar. Se eu manter meu nível de força e potência, a idade não vai influenciar. Meu objetivo é conquistar um bom resultado. Temos material humano para fazer um Top 10”, conclui.

Quer contribuir e saber mais sobre o projeto Sonho Real para construção da pista de bobsled suspensa? Acesse o site do financiamento coletivo aqui.

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