A seleção brasileira de badminton atua com um desfalque importante na Copa Pan-Americana da modalidade. Ygor Coelho, número 1 do Brasil no simples masculino, foi barrado na imigração do Aeroporto Internacional da Cidade do México, mesmo tendo documentos que permitiram sua entrada no país para a disputa da competição. Após ficar retido no local, o brasileiro foi deportado de volta para a Dinamarca, onde mora e treina atualmente.
A maior parte da seleção brasileira de badminton mora no Brasil e viajaram juntos para a disputa da Copa Pan-Americana em Aguascalientes. Ygor deveria ter chegado no México na quarta-feira (12) para se juntar ao grupo, mas ficou na Cidade do México.
Após ficar quase 24 horas sem poder se comunicar direito com sua família e com a comissão técnica da seleção brasileira, Ygor embarcou na manhã desta quinta-feira (13) de volta para a Europa. Já no avião, o atleta usou suas redes sociais para se manifestar sobre o caso.
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“Estou no meu voo de volta. O que aconteceu foi bem errado. Antes da gente embarcar para um país que a gente precise de visto a gente apresenta o visto para as pessoas responsáveis pelo embarque. O que significa que meu visto era válido para entrar no México. Chegando lá, as autoridades mexicanas me trataram como nada. Expliquei que eu era atleta e estava lá para competir. Não deixaram eu ligar para ninguém. Pegaram meu celular e meu relógio. Eles riram da minha situação. Não conseguiu beber água nem comer direito. Mas agora estou bem”
Documentação em dia
Ygor Coelho tem dois documentos que permitiriam sua entrada no México. Um é um visto no Canadá, que os funcionários da imigração mexicana não aceitaram na hora por ser um documento virtual. Como mora e treina na Dinamarca, Ygor tem residência no país, o que é outra questão que libera a entrada de quem for ao México. Mas as autoridades do México ignoraram o documento e detiveram o brasileiro.
No vídeo que publicou nos seus stories do Instagram, Ygor cobrou que entidades do esporte brasileiro atuem para evitar que isso aconteça novamente com outros atletas. “Que não deixem essa história barato porque foi xenofobia. Eu estava sozinho, sou preto e sou brasileiro. Isso foi racismo e foi xenofobia. Garanto com todas as letras que foi isso porque nem se quer pararam para me ouvir. Pegaram meu passaporte e me mandaram direto para a entrevista sem critério algum. Não seguiram uma linha, os processos legais”, afirmou o atleta.