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Atletismo

Conquista do ouro de Adhemar completa 65 anos

Adhemar Ferreira da Silva Hall da Fama do COB
Arquivo CBAt

Neste domingo (23), há exatos 65 anos, o primeiro nome do Atletismo brasileiro subiu ao ponto mais alto do pódio olímpico, nos Jogos de Helsinque 1952. O autor do feito foi o paulistano da Casa Verde Adhemar Ferreira da Silva, que venceu o salto triplo com 16,22 m.

Na prova, ele saltou quatro vezes acima do seu recorde mundial anterior, que era 16,01 m e fora alcançado um ano antes, na pista do Fluminense, no Rio de Janeiro.

A medalha de ouro de Adhemar foi conquistada três dias depois de outro brasileiro, o carioca José Telles da Conceição, dar ao Atletismo nacional seu primeiro pódio: o bronze no salto em altura.

Naqueles Jogos, aliás, mais dois saltadores levaram o Brasil a uma colocação entre os oito primeiros: o maranhense Ary Façanha de Sá, quarto colocado no salto em distância, e o carioca Geraldo de Oliveira, sétimo no triplo (quatro anos antes, nos Jogos de Londres 1948, Geraldo fora o quinto na prova).

Os feitos de Adhemar e Telles estão no livro “Heróis do Atletismo Brasileiro”, publicado em 2016 pela CBAt. Adhemar está entre os atletas homenageados no “Hall of Fame” da IAAF, inaugurado em Barcelona 2012, quando a entidade completou um século de vida, iniciada em 1923, quando foi criada durante os Jogos de Estocolmo.

“Adhemar Ferreira da Silva e José Telles da Conceição não foram apenas os primeiros nomes do Atletismo a dar medalhas olímpicas ao Brasil”, diz o presidente da CBAt, José Antonio Martins Fernandes, o Toninho. “Na verdade eles são referências e exemplos para os atletas brasileiros de todas as épocas”, concluiu Toninho Fernandes.

Para comemorar o feito, a TV Brasil realizou reportagem, que foi ao ar no sábado (dia 22) e teve depoimento de Luiz Roberto Rodrigues, companheiro de trabalho de Adhemar e atualmente diretor de Relações Institucionais e Governança Corporativa da CBAt.

“A gravação foi feita no município paulista de Miracatu, no Vale do Ribeira”, explicou Luiz Roberto. “Nesta cidade, o Instituto Salto para a Vida desenvolve um trabalho social”, completa Luiz. O Instituto é dirigida por Adyel Silva, filha de Adhemar, e Diego, neto do campeão.

Jornalista formada pela Cásper Líbero. Apaixonada por esportes e boas histórias.

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