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Ginástica Rítmica

Natália Gáudio cobra intercâmbio e técnicos estrangeiros

Melhor braslleira da ginástica rítmica em 2018, Natália Gaudio pede mais apoio para disputar uma maior quantidade de competições internacionais e a presença de técnicos estrangeiros para ajudar a modalidade a crescer no país

Natália Gáudio viveu a melhor temporada da sua carreira em 2018. Para celebrar, não podia haver coincidência maior: ela recebeu o troféu de melhor atleta da ginástica artística do ano no Prêmio Brasil Olímpico no mesmo dia de seu aniversário de 26 anos. “Não podia ter recebido presente melhor que esse pra coroar realmente esse ano maravilhoso. Depois de ser finalista em Copa do Mundo, depois de alcançar aí o meu hexa campeonato brasileiro, hexa campeonato sul-americano… Eu estou muito feliz, esse ano foi maravilhoso pra mim”, disse a ginasta.

O principal resultado de Natália Gáudio aconteceu na etapa de Portimão, em Portugal, da Copa do Mundo de ginástica rítmica, quando terminou na quarta colocação na prova individual de fita. Faltou muito pouco para ela ganhar sua primeira medalha numa competição deste nível. “Eu falo que assim que eu vi a medalha no fim do túnel, a luz no fim do túnel, mas eu fiquei muito feliz, muito satisfeita com o resultado. Apesar de não ter alcançado a medalha, pra mim o quarto lugar já foi uma medalha, foi uma grande conquista, um resultado, realmente, histórico, vai ficar marcado na história da ginástica rítmica. Então a gente segue aí fazendo história para a GR e evoluindo cada dia mais. Esse ano agora, 2019, eu espero que seja melhor ainda. Eu vou continuar trabalhando para trazer melhores resultados e continuar aí figurando entre as melhores do ranking internacional também”, afirmou a brasileira.

Apesar dos bons resultados, Natália Gáudio sabe que pode evoluir ainda mais. Para isso, cobra apoio para poder participar de mais competições internacionais. “Eu acho que a gente está no caminho certo. Como eu disse, a gente está conquistando o nosso espaço lá fora. A gente está sendo reconhecida. Estamos ganhando o nosso nome no âmbito internacional. Mas acho que a gente precisa estar aparecendo mais lá fora, a gente precisa competir mais, a gente precisa viajar mais. Ano passado, a gente conseguiu participar de três etapas da Copa do Mundo, mas tem muitas outras. São sete ou oito etapas da Copa do Mundo por ano. Então, a gente precisa estar competindo mais, mostrando mais nosso trabalho lá fora porque isso muda muito, isso conta muito, os árbitros internacionais estão ali para ver o nosso trabalho, acompanhar a nossa evolução. Então, cada vez que a gente compete a gente se se sente mais confiante e mais experiente dentro da quadra. Então falta isso, mais competição para ganhar mais experiência ainda e entrar cada vez mais tranquila e mais firme na quadra”, analisou a ginasta.

Natália Gáudio  compara a situação da ginástica rítmica com a da artística. Além de um intercâmbio maior, ela gostaria de ver técnicos estrangeiros trabalhando com as brasileiras. “A ginástica artística trabalha com alguns técnicos internacionais, alguns russo, enfim, acho que isso também seria interessante para a ginástica rítmica: uma contratação de alguém de fora para poder acrescentar no nosso trabalho. Seria uma forma de alavancar ainda mais o nosso esporte”, acredita.

Mesmo sem ter nada certo quanto à maior quantidade de intercâmbio ou de qualquer possibilidade de algum técnico estrangeiro vir ao Brasil para ajudar a ginástica rítmica crescer, Natália Gáudio traça como objetivo para 2019 a conquista da vaga para os Jogos Olímpicos de Tóquio. “Gosto de sonhar alto e minha próxima meta é essa vaga. 2019 vai ser um ano bem puxado. Tem muita competição, a gente vai estar aí já buscando a vaga para Tóquio. A gente já está com todo o planejamento. Eu vou fazer algumas coreografias novas para esse ano. Eu estou ansiosa, eu quero já mostrar minhas coreografias novas, que eu estou preparando. Teremos etapas da Copa do Mundo, o Mundial e os Jogos Pan-Americanos, onde terão disputas de vaga para a Olimpíada tanto no individual quanto no conjunto. Então é um campeonato importantíssimo pra gente. Então vai ser isso, preparação a mil por hora aí. Não vamos poder parar muito tempo agora nas férias. Vão ser férias mais curtinhas pra gente já pegar pesado aí no começo do ano”, finalizou.

Jornalista formada pela Cásper Líbero. Apaixonada por esportes e boas histórias.

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