Paris – O ouro de Duda e Ana Patrícia nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, conquistado nesta sexta-feira (09), após vitória sobre a dupla canadense Melissa/Brandie, quebrou um incômodo jejum para o vôlei de praia feminino do Brasil, que já durava 28 anos. Desde Atlanta-1996, quando Sandra Pires/Jackie Silva derrotou Mônica Rodrigues/Adriana Samuel, o país não ia ao topo do pódio no torneio.
Uma das modalidades mais vitoriosas do Brasil, o vôlei de praia estreou no programa olímpico justamente em Atlanta-1996. Logo de cara, o país fez história ao emplacar uma dobradinha de ouro e prata no naipe feminino. Desde então, tinha voltado ao pódio em outras 11 oportunidades, com mais dois ouros – Emanuel/Ricardo em Atenas-2004 e Alison/Bruno na Rio-2016.
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De Sydney-2000 até Tóquio-2020, as mulheres conquistaram três medalhas de prata e duas de bronze. Shelda Bede/Adriana Behar, em Sydney-2000 e Atlanta-2004, e Ágatha/Bárbara, na Rio-2016, chegaram na final olímpica, mas acabaram derrotadas e ficaram com a medalha de prata. Agora, Duda e Ana Patrícia quebram um jejum que existe desde que elas nem eram nascidas.
Hoje com 26 anos de idade, Duda e Ana Patrícia coroam um ciclo muito vitorioso com a glória olímpica. Elas tiveram uma campanha avassaladora nas primeiras fases, vencendo os cinco primeiros jogos de forma dominante e sem perder sets. Na semifinal e na final, precisaram enfrentar o tie-break, mas sempre jogando com muita autoridade para conseguir os triunfos.
Com a medalha de Duda/Ana Patrícia em Paris-2024, o Brasil chega ao seu quarto ouro olímpico no vôlei de praia, o segundo no feminino. No total, são 14 medalhas, com quatro ouros, sete pratas e três bronzes. Entre as mulheres, são sete medalhas com dois ouros, três pratas e dois bronzes. Em ambas as configurações, o país aparece em segundo lugar no quadro histórico de medalhas, atrás dos Estados Unidos.