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Paris 2024

Como a gelada Escandinávia se tornou potência no vôlei de praia?

Dupla sueca Ahman/Hellvig, que eliminou brasileiros, detalha segredo do sucesso

Vôlei de praia

Paris – A última dupla brasileira viva no vôlei de praia foi eliminada por suecos que dominam o cenário mundial. Evandro/Arthur pararam em Ahman/Hellvig nesta terça-feira (6). Os europeus venceram cinco de seis etapas da Elite 16 neste ano, passaram com certo aperto na Olimpíada, mas um dos favoritos ao título em Paris. 

Se neste ano a Suécia é bem cotada ao ouro, em Tóquio-2020 a dupla campeã veio da Noruega, com Sorum/Mol. Mas como países da Escandinávia viraram potência no esporte da praia?

“É muito divertido que o esporte tenha crescido muito na Europa e também na Suécia. Nos últimos anos, o esporte realmente cresceu muito. Talvez não seja tão grande quanto no Brasil, mas é super divertido para nós. Tivemos treinadores muito, muito bons que treinaram conosco por seis anos”, revelou Jonatan Hellvig. Ele disse que a dupla fez intercâmbio com técnicos dos Estados Unidos, outra potência no vôlei de praia, e que o trabalho continua durante o inverno rigoroso em quadras fechadas.

“Sei que muitas pessoas da minha cidade natal no norte foram para o Brasil por alguns meses para praticar com jogadores e treinadores brasileiros e assim por diante. Então, claro, há alguns suecos que conseguem praticar com treinadores e jogadores brasileiros também”, explicou David Ahman. Segundo ele, muitas equipes europeias vão para as Ilhas Canárias, na Espanha, para aprimorarem a técnica ao ar livre.

Técnica especial

A dupla líder do ranking mundial se especializou em um estilo de jogo que tem complicado os adversário, especialmente de fora da Europa. “Tentamos tornar o mais difícil possível para o bloqueador do outro time. Podemos atacar na segunda bola ous fingir e levantar no ar. Isso é algo que temos praticado por muito tempo e é difícil de fazer, mas para nós tem funcionado muito bem e temos melhorado muito com essa técnica”, detalhou Hellvig.

Para o brasileiro Arthur Landi, também é preciso fazer o caminho inverso e buscar intercâmbio com atletas europeus para entender melhor o estilo de jogo deles. Segundo ele, a outra dupla do Brasil que esteve em Paris-2024, André/George, buscou treinar com os suecos para entender o jogo deles.

“Mas eu acho que o nosso saque é mais forte ainda que o deles, eu acho que é isso, o jogo mais rápido, que isso aí a gente já evoluiu, no Brasil já chegou, todo mundo tem bola rápida, bola rápida atrás, eu acho que é isso, procurar evoluir sempre”, concluiu.

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Apresentador do canal Kenjiria, dedicado ao esporte olímpico.

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