A central Carol, também conhecida pelos fãs de vôlei como Carolana, anunciou oficialmente neste sábado (2) sua aposentadoria da seleção brasileira. A decisão foi divulgada pela jogadora, de 34 anos, por meio de uma postagem emocionada em suas redes sociais, marcando o fim de um ciclo de dez anos com a camisa verde-amarela. Medalhista de prata em Tóquio 2020 e de bronze em Paris 2024, a atleta mineira agradeceu à torcida, às companheiras e à comissão técnica, destacando que agora deseja se dedicar mais à família e aos seus sonhos pessoais.
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“O sonho de uma vida”
Na publicação, Carol lembrou das dificuldades que enfrentou para chegar à seleção adulta, citando sua altura (1,83m, considerada abaixo da média para centrais internacionais) e o fato de não ter passado pelas seleções de base. Ainda assim, fez história ao se tornar uma das melhores bloqueadoras do mundo. “Vesti essa camisa por dez anos. Sonhei com ela desde o mirim. Eu consegui. E é motivo de muito orgulho para mim e minha família”, escreveu a jogadora.
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Ela afirmou que a decisão foi pensada e amadurecida ao longo do tempo. “Algumas situações já não faziam mais sentido para mim. Vejo também uma oportunidade de dar espaço para que os próximos talentos possam efetivar a presença na seleção”, disse a jogadora, que defendeu o Savino Del Bene Scandicci, da Itália, na temporada 2024/25.
Entre conquistas e sacrifícios
Carol destacou os bastidores da rotina com a seleção: as alegrias das conquistas e da convivência, mas também as dores, sacrifícios, abdicações e distância da família. “Representar o nosso país é motivo de muita satisfação, mas exige dedicação. E para estar lá, é preciso estar por inteiro”, declarou.
No complemento do texto, publicado nos comentários, ela se despediu agradecendo a todas as pessoas com quem conviveu, relembrando “os sorvetinhos, os cafés, os momentos com as amigas de quarto e cada abraço da torcida”. Encerrando com um bordão marcante: “NO ON CAROL – vai ficar marcado aqui para sempre”. Essa frase surgiu após um técnico técnico solicitado pelo treinador italiano Daniele Santarelli em que ele, brigando com suas jogadoras da Turquia, pediu para não atacarem mais na direção da central brasileira.
Uma carreira marcada por superações
Nascida em Belo Horizonte (MG), Carol se consolidou como uma das centrais mais importantes da história recente do vôlei brasileiro. Além das medalhas olímpicas, ela foi vice-campeã do Mundial de 2022, duas vezes vice da Liga das Nações (2022 e 2024) e multicampeã sul-americana. A central também recebeu diversas premiações individuais como melhor bloqueadora e melhor central em torneios internacionais. Com sua saída, a seleção brasileira inicia uma nova fase na posição de central, em um momento de transição após o ciclo olímpico de Paris-2024.
Na Liga das Nações de 2025, o técnico Zé Roberto Guimarães utilizou com frequência como titulares as centrais Diana e Julia Kudiess. Inclusive, Julia Kudiess marcou 63 pontos de bloqueio, igualando com a líder Carol em uma única edição. A central que acaba de se aposentar havia dado 63 tocos em 2022. Além delas, o treinador tem utilizado a meio de rede Lorena como primeira reserva. Carol se aposenta após Thaisa ter feito o mesmo depois do bronze em Paris-2024.