Siga o OTD

Paris 2024

Zé Roberto entende frustração de atletas e valoriza bronze

Técnico da seleção de vôlei feminino entende o momento de frustração das atletas, mas afirma ser importante fechar a competição com uma vitória

(Luiza Moraes/COB)

Paris – O técnico José Roberto Guimarães conhece bem o saboroso gosto de uma medalha de ouro olímpica. Tem três no currículo, além de uma prata. A rigor, não precisa de um bronze para a coleção, talvez nem caiba em um lugar de destaque no espaço onde ele deixa as conquistas da vitoriosa carreira como treinador. Mas enxerga a importância de um pódio de Jogos, ainda que no lugar menos nobre. Em Paris 2024, ele e a seleção brasileira de vôlei feminino vão disputar o bronze após perderem para os Estados Unidos na semifinal disputada nesta quinta (8).

+ Confira o Guia dos Jogos

Na saída da quadra da semifinal, duas das principais jogadoras da história, Thaísa e a capitã Gabi, falaram que o bronze era pouco para a equipe. Zé Roberto entende a fala delas naquele momento, haviam acabado de perder, mas sabe que o bronze é relevante. “Fica com essa expectativa, lógico, do ouro. Mas é assim, você está representando o seu país. Não deu ouro, foi luta, foi pegado o jogo o tempo inteiro, a gente fez o nosso melhor, caímos, caímos de pé”, disse.

Brasil EUA Estados Unidos vôlei feminino Olimpíada de Paris Jogos Olímpicos semifinal final gabriel medina bronze
(Alexandre Loureiro/COB)

Reconstrução

“O que agora que nos resta é uma medalha de bronze, que a gente tem que valorizar muito. Esse jogo é sair da competição com vitória, isso é importante. Tudo bem, é uma frustração não ter conseguido o ouro, todo mundo estava com essa cabeça, mas a vida é assim. Caiu, agora tem que levantar em 12 horas, tem o luto que vai acontecer. Pô, treinamos, fizemos, elas se preocuparam com tudo, mas a vida é assim, então agora é o momento de reconstruir e tentar fechar essa competição com vitória”, acrescentou.

+ Siga nosso canal do WhatsApp

Naquele momento, Zé Roberto não sabia quem seriam as adversárias, aguardava que perdesse de Itália e Turquia. Mas já previa um embate difícil. “Vai ser duro, lógico, não sei até que ponto vai afetar a parte mental de quem perder. São dois times que nunca conquistaram uma final, nem a Turquia, nem a Itália. Os dois têm expectativa de ouro. A Turquia, até o ano passado, era o time favorito disparado”, falou. Horas depois, as turcas foram confirmadas como as rivais do Brasil. Perderam por 3 a 0 para a Itália.

+ SIGA O OTD NO YOUTUBETWITTERINSTAGRAMTIK TOK E FACEBOOK

Sobre a briga pela medalha de bronze nos Jogos de Paris, o treinador do vôlei feminino do Brasil finalizou dizendo que frustrante seria sair daqui sem medalha. “Triste é sair daqui sem medalha sem nada. Aí eu vou ficar muito, muito chateado, mas eu tenho força para lutar, eu quero lutar. Tudo bem, não deu o ouro merecido ou não, não importa, o que nos restou para a gente ainda ter uma oportunidade de lutar por uma medalha, e isso é o que é importante”.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

Mais em Paris 2024