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Vôlei

Prima de Ágatha, Yasmin segue a tradição do vôlei na família

Nova contrada do Porto, Yasmin é prima de Ágatha e elas contam como o vôlei faz parte das gerações da família Bednarczuk

Ágatha - Yasmin Bednarczuk - Vôlei
Ágatha e a prima Yasmin Bednarczuk (Arquivo pessoal)

Ágatha Bednarczuk, vice campeã olímpica na Rio-2016, dispensa apresentações. Mas se engana quem pensa que o esporte para aí na árvore genealógica da família Bednarczuk. Na verdade, o vôlei apareceu na família antes mesmo de Ágatha. E agora segue seu caminho, passando de geração em geração, chegando em Yasmin Bednarczuk, 20 anos, prima de primeiro grau de Ágatha e promessa do vôlei brasileiro. Ela vai defender o Porto, de Portugal, na próxima temporada. 

Tudo começou no passado, quando Alfredo e Maria José, os pais de Ágatha, se conheceram justamente em uma quadra de vôlei. Ele jogava, ela assistia. Mas eles mal podiam imaginar o que o futuro esportivo guardava para a família Bednarczuk. Ágatha conheceu a modalidade ainda pequena e na própria casa. O pai foi o primeiro exemplo, mas a tia teve papel fundamental. 

Giselle Bednarczuk, irmã de Alfredo, foi jogadora profissional de vôlei. Não chegou a defender a seleção brasileira, mas participou de campeonatos brasileiros, representando o Paraná. E toda vez que Ágatha deixava Paranaguá para visitar a tia em Curitiba, ela se encantava com as histórias.

Ágatha Bednarczuk
O pai de Ágatha, de regata vermelha, de azul, a tia e no centro, a mãe (Arquivo pessoal)

“A primeira inspiração começou com meu pai, em casa. Aí eu fui crescendo, bola em casa, e quando eu ia para Curitiba visitar minha tia ela me contava as histórias de quando jogava. E eu ficava ouvindo e achava o máximo. Isso atiçou em mim a vontade de jogar vôlei”, contou Ágatha ao Olimpíada Todo Dia.  

O ciclo, no entanto, continuou. Depois de passar de tia para sobrinha, ele passa agora de mãe para filha, já que Giselle é mãe de Yasmin. E por que não, de prima para prima?

Mulheres inspiração

Ágatha teve o exemplo do pai e da tia. E agora Yasmin Bednarczuk tem o exemplo da mãe, do tio e de uma medalhista olímpica, a prima. 

O esporte entrou cedo na vida de Yasmin. Giselle é professora de educação física e sempre incentivou os filhos a praticar esporte. Depois de testar um pouco de tudo, Yasmin acabou de apaixonando por handebol e vôlei, até que precisou optar por um. A resposta você já sabe. 

“A minha mãe sempre foi minha maior incentivadora, desde o começo. Sempre lutou por mim e acreditou em mim, até mesmo quando eu não acreditava. E a Ágatha é o sonho da vida. Ela é muito dedicada, muito guerreira, muito forte. Ela nunca desistiu. Então é muito bom ter esses dois exemplo na minha própria família, na minha casa, e saber que eu consigo chegar lá por ter pessoas incríveis como elas me acompanhando”, celebrou Yasmin Bednarczuk ao OTD.  

Ágatha - Yasmin Bednarczuk
Yasmin ainda bebê no colo de Ágatha

Primas e colegas de profissão 

Ágatha tem 37 anos. Yasmin, 20. Uma já tem a carreira consolidada e consagrada, enquanto a outra ainda dá seus primeiros passos. Apesar da distância física, por causa das viagens, e da diferença de idade, a relação entre elas permanece próxima, principalmente, é claro, quando o assunto é vôlei.

“Eu saí muito cedo do Paraná para jogar. Então eu sempre via a Yasmin nos fins de semana que eu ia visitar minha família. Mas é engraçado, porque mesmo com essa distância entre nós, física e de idade, ela sempre foi uma prima próxima. Tanto é que quando ela começou a se enveredar nessa questão do vôlei, eu chamei para ver se ela não queria treinar vôlei de praia no meu projeto em Paranaguá”, relatou Ágatha.

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“A CBV estava dando um curso de vivência para treinadores e eles estavam com atletas lá. E aí por eu ter um projeto social em Paranaguá, eu pude levar um técnico e algumas poucas atletas que estavam se destacando e queriam entender como é esse mundo. E a Yasmin fui uma das meninas. Ela passou uma semana lá comigo e foi muito legal”, relembrou. 

Conselhos de quem entende

Yasmin Bednarczuk tem, assim, o privilégio de poder aprender de pertinho com uma das melhores atletas do Brasil. E claro que já procurou a prima para pedir conselhos e dicas. Especialmente quando estava nos Estados Unidos, jogando por uma universidade, antes de voltar ao Brasil para defender o Curitiba

Vôlei
Yasmin, Ágatha e parte da equipe do Curitiba (Instagram/agatha_rippel)

“Essa proximidade com a Yasmin em relação ao mundo ‘voleibolístico’ aumentou nos últimos anos. Já tiveram alguns momentos que ela me ligou, quando estava nos Estados Unidos, e a gente conversava bastante sobre como ela devia proceder, se voltava para o Brasil ou não, como tentar um time no Brasil… E eu ajudei ela com alguns contatos também, algumas ligações”.

“O meu relacionamento com a Agatha é muito bom. Ela é uma pessoa muito transparente, cheia de luz, de amor, de energia boa. E é muito difícil você não se apaixonar por ela. E desde que eu comecei a jogar, ela foi uma das minhas incentivadoras, sempre torceu muito por mim. Quando a gente não conseguia se ver, ela sempre mandava mensagem perguntava como eu estava… Quando eu tive alguns problemas lá nos Estados Unidos, ela foi uma das pessoas que me incentivou a me manter forte, sempre me deu dicas. Eu fico muito feliz de ter uma pessoa desse porte, desse nível na minha família e que seja minha conselheira”, destacou Yasmin. 

De geração em geração

Passado, presente e, quem sabe, futuro. Hoje, é Yasmin quem bate asas, perpetuando a herança do vôlei na família Bednarczuk. E a prima coruja não poderia estar mais feliz. 

“Estou super feliz com essa novidade. Fica uma sensação de: ‘puxa, minha priminha está crescendo, voando longe’. Isso é muito bom. Acho que ela vai ter uma experiência de vida muito boa na Europa e vai ter a chance de se destacar por lá. E quem sabe no futuro, se ela tiver vontade de voltar para o Brasil, ela vai poder se destacar aqui também”, comemorou Ágatha. 

Ágatha - Yasmin Bednarczuk
Ágatha, seu marido Renan e Yasmin (Arquivo pessoal)

O vôlei é muito mais do que um simples esporte para os Bednarczuk. É quase um membro da família. E sem dúvida, é motivo de união e orgulho.

“Eu acho o máximo ver o vôlei passando de geração em geração na minha família, como ele influencia tudo. Até porque todo mundo se une para torcer por quem está competindo. Então o esporte une a família. E vai ser muito legal, porque daqui alguns anos, a gente vai ter a Yasmin para torcer. Quem sabe vem aí filhos, primos mais novos que também vão jogar e se espelhar na Yasmin… E assim vai seguindo esse ciclo do esporte na nossa família. Vai ser ótimo”, concluiu Ágatha.

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