Siga o OTD

Tóquio 2020

Estados Unidos derrotam França em jogo duro e levam quarto ouro consecutivo

O ouro do basquete masculino é dos EUA! Comandada por Kevin Durant, a seleção faz história em Tóquio e vence a França

Durant garante ouro aos EUA
Kevin Durant foi o nome da seleção dos EUA na trajetória ao ouro olímpico em Tóquio. Foto: fiba.basketball

Os Estados Unidos, por 87 a 82, venceram a França e garantiram o ouro olímpico no basquete masculino. Com a vitória, os EUA são o segundo time na história a vencer o ouro após perder o jogo de abertura; a União Soviética, em 1988, é o outro. Kevin Durant liderou os EUA com 29 pontos e seis rebotes, e Jayson Tatum terminou com 19 pontos. No lado da França, Rudy Gobert foi o destaque, com 16 pontos e oito rebotes. Evan Fournier também fez 16 pontos, mas precisou de 15 arremessos para isto. É a quarta medalha de ouro consecutiva dos EUA desde que ficaram com o bronze em 2004.

Repare se você ouviu isso antes – os EUA começaram o jogo trocando tudo na defesa; o adversário explorou isso e abriu uma vantagem. As bolas de três dos americanos começam a não cair. Logo, o jogo dos Estados Unidos encaixa e eles viram a partida.

A falta de atenção francesa na primeira jogada foi um sinal de erros que estavam por vir. Evan Fournier simplesmente esqueceu de olhar para o relógio de posse de bola e estourou os 24s. Mesmo assim, a França começou explorando a defesa americana. As trocas defensivas viraram pontos previsíveis. Novamente, os EUA começaram errando chutes de três. O alívio, para os favoritos ao ouro, era que os arremessos eram livres – uma hora, a bola tinha que cair.

Fazendo 17 a 8 no início do segundo quarto, os Estados Unidos abriram 13 pontos de vantagem. O time europeu pareceu lembrar como venceu a primeira partida do torneio e voltou às jogadas com o pivô Rudy Gobert. Em três jogadas, Gobert conseguiu uma enterrada e falta; uma falta que gerou dois lances-livres. E mais uma falta, e dois lances.

A diferença diminuiu e o placar era de 44 a 39 para os EUA, no intervalo. Americanos não chamados Kevin Durant fizeram 23 pontos em 23 arremessos nesse primeiro tempo. Para esclarecer, isso é ruim. KD fez 21 pontos em 14 arremessos – isso é bom.

O terceiro período foi onde os Estados Unidos mataram o jogo em todas as vitórias. E, na final, não foi diferente. Atrás do talento de Durant, o time finalmente apareceu. Do outro lado, a França esqueceu, novamente, de jogar com seu pivô. Em um momento no quarto, os EUA fizeram 12 a 3 e tomaram conta da partida.

A França até tentou fazer algum barulho no quarto final. Mas, sempre que teve chances de cortar a diferença, algo acontecia. Gobert poderia diminuir a diferença para cinco pontos – errou dois lances-livres. Jason Tatum converteu de três e aumentou para 10. O árbitro deixou um toque no aro de Draymond Green passar. Em outro lance, Evan Fournier quase quebrou a tabela com um chute precipitado dos três pontos. Ainda assim, os últimos segundos foram caóticos.

Uma enterrada de Frank Ntilikina, uma roubada de bola da França, lances-livres de Nando De Colo e, com 10,2s para o final, a vantagem americana era de três pontos.

Na saída de bola, os EUA conseguiram entregar o passe para Durant. A França fez uma falta rápida. O objetivo da falta, em um momento como esse, é parar o relógio. Quando você está atrás no final do jogo, quanto mais posses a partida tiver naqueles segundos, melhor. Durant, sangue frio como sempre, converteu os dois lances. Nicolas Batum ainda teve tempo de errar um arremesso de 3 pontos que daria uma mínima chance para os europeus.

Por Rubens Borges.

Mais em Tóquio 2020