Siga o OTD

Os Olímpicos

Dia 4 – Ítalo é ouro e Biles sai no meio da final por equipes

Brasil e Estados Unidos ouro no surfe

Italo Ferreira Surfe Jogos Olímpicos de Tóquio
Jonne Roriz / COB

Foi um dia agitado no surfe, com disputas das quartas de final, semifinais e finais. E Ítalo Ferreira entrou pra história como o primeiro campeão olímpico do surfe! Na decisão, ele sobrou somando 15,14 e não deu chances pro japonês Kanoa Igarashi, que somou apenas 6,60. 1º ouro brasileiro em Tóquio. Na disputa do bronze, o australiano Owen Wright venceu Gabriel Medina com 11.97 contra 11.77 do brasileiro.

Na decisão feminina, vitória da americana Carissa Moore com 14,93 na final sobre a sul-africana Bianca Buitendag. Na disputa do bronze, vitória da japonesa Amuro Tsuzuki, que somou 6,80 contra 4,26 da americana Caroline Marks.

Rússia quebra jejum de 25 na natação

Fernando Scheffer é bronze. (Satiro Sodré/SSPress/CBDA)

A primeira final do dia na piscina foi os 200m livre masculino, que não tinha um grande favorito. Os britânicos Tom Dean e Duncan Scott conseguiram uma dobradinha com os tempos de 1:44.22 e 1:44.26, respectivamente. O brasileiro Fernanod Scheffer brilhou ao pegar o bronze com novo recorde sul-americano de 1:44.66. Ele aproveitou o ritmo da prova quase suicida do sul-coreano Hwang Sun-woo, que disparou e cansou no final, e foi puxado pelo asiático. A última medalha brasileira nesta prova foi com Gustavo Borges em 1996.

Dobradinha russa na final seguinte, os 100m costas masculino. Evgeny Rylov bateu o recorde europeu com 51.98, ficando a 0.13 do recorde mundial. Seu compatriota Kliment Kolesnikov foi prata com 52.00 e o americano Ryan Murphy, ouro no Rio-2016, foi bronze com 52.19. Este foi 1º ouro russo na piscina desde as vitória de Alexander Popov em Atlanta-1996.

Nos 100m costas feminino, a australiana Kaylee McKeown bateu o recorde olímpico na decisão com 57.47, ficando a apenas 0.02 do recorde mundial que ela mesma bateu em junho, na seletiva australiana. Foi a 1ª vitória da Austrália nesta prova na história olímpica. A canadense atual bicampeã mundial Kylie Masse foi prata com 57.72 e a americana Regan Smith bronze com 58.05.

Fechando o dia, vitória americana nos 100m peito feminino, mas não com Lilly King. A jovem Lydia Jacoby, de 17 anos, passou King e a sul-africana Tatjana Schoenmaker nos metros finais para vencer com 1:04.95. Ela é a primeira atleta do Alaska a vencer uma medalha olímpica nos Jogos de Verão. Schoenmaker foi prata com 1:05.22 e King, ouro no Rio-2016, bronze com 1:05.54.

China com mais três ouros

O segundo ouro chinês nos saltos ornamentais veio na plataforma sincronizada feminina, com Chen Yuxi e Zhang Jiaqi. Com uma apresentação impecável, a dupla somou 363,78 pontos, muito a frente do resto. As americanas Delaney Schnell e Jessica Parratto ficaram com a prata com 310,80 e as mexicanas Gabriela Agundez e Alejandra Orozco foram bronze com 299,70. A dupla canadense ficou em 4º lugar a apenas 0,54 das mexicanas.

A China levou mais dois ouros nas novas provas de equipe mista no tiro. Na pistola de ar 10m, a dupla formada por Jiang Ranxin e Pang Wei venceu por 16-14 os russos Vitalina Batsarashkina e Artem Chernousov. Os ucranianos Olena Kostevych e Oleh Omelchuk ficaram com o bronze.

O 3º ouro veio no rifle de ar 10m equipe mista, com Yang Qian e Yang Haoran. Eles fizeram 17-13 nos americanos Mary Tucker e Lucas Kozeniesky. O bronze ficou com os sul-coreanos Kwon Eun-ji e Nam Tae-yun.

A ausência de Simone Biles

Foi uma final por equipe feminina da ginástica dramática. Na primeira rotação, com as americanas no salto, Simone Biles fez um salto mais simples do que o esperado, tirou apenas 13,766 e saiu da final para não mais competir. A americana sentiu a enorme pressão que recai sobre ela. Sem Biles, as americanas fizeram uma disputa muito parelha com a Rússia, que não vencia esta prova desde 1992, ainda como Equipe Unificada. Elas somaram 169,528 contra 166,096 dos Estados Unidos. Na última nota a Grã-Bretanha assumiu o terceiro lugar e ficou com o bronze com 164,096.

Pódio suíço completo

Foi uma lavada suíça no mountain bike feminino. Jolanda Neff liderou a armada suíço ao vencer uma prova em que atacou sozinha e deu certo. Ela completou os pouco mais de 20km em 1:15:46, colocando 1:11 de vantagem sobre Sina Frei e 1:19 sobre Linda Indergand. Neff pegou o último título que lhe faltava. Campeã de tudo, ela sofreu em 2020 com lesão séria, onde fraturou o braço, pulmão e costelas. Foi um raro pódio triplo de um mesmo país que não veio do atletismo.

A revanche de Agbegnenou

A francesa Clarisse Agbegnenou venceu tudo no último ciclo e soma 5 ouros em Mundiais no currículo, além da prata no Rio-2016. Ela chegou à final do judô categoria 63kg e enfrentou na decisão a eslovena Tina Trstenjak, em reedição da final da última Olimpíada, vencida pela eslovena. Pentacampeã mundial, Agbegnenou derrotou sua adversária na prorrogação por wazaari para finalmente ser campeã olímpica. Os bronzes foram para a italiana Maria Centracchio e para a canadense Catherine Beauchemin-Pinard.

Primeiro hino de Bermudas

Flora Duffy, de Bermudas, venceu o triatlo feminino de maneira impressionante. Liderando desde o início da prova, ela foi deixando sua concorrentes pra trás aos poucos, até simplesmente disparar na parte da corrida, onde fez a melhor parcial parcial da prova por quase 1min. Foi o 1º ouro da história da pequena ilha do Caribe. Ela completou a prova de 1,5km de natação, 40km de ciclismo e 10km de corrida em 1:55:36. A britânica Georgia Taylor-Brown foi prata 1:14 atrás e a americana Katie Zaferes bronze 1:27 atrás.

Japão chega a 10 ouros

O primeiro do dia veio na prova masculina dos 81kg do judô, onde Takanori Nagase conquistou o 4º ouro do país na modalidade. Ele venceu na decisão Saeid Mollaei, iraniano que desde 2019 defende a Mongólia. O austríaco Shamil Borchashvili e o belga Matthias Casse ficaram com os bronzes. Mollaei é iraniano e, no Mundial de 2019, foi obrigado pela federação de seu país a perder na semifinal, para não pegar na final o israelense Sagi Muki. Ele perdeu, mas foi contra a decisão e, com medo de represálias ao retornar ao seu país, recebeu asilo na Alemanha e acabou se naturalizando mongol no fim daquele ano.

No fim da noite, foi a vez da equipe do Japão de softball derrotar as americanas na final por 2-0 e vencer a medalha de ouro do primeiro esporte coletivo que se define nos Jogos. No dia anterior, pela 1ª fase, as americanas tinham vencido por 2-1. O bronze ficou com o Canadá, que fez 3-2 sobre o México.

Outras finais

Na final do K1 feminino da canoagem slalom, ouro para a alemã Ricarda Funk, que completou o percurso sem faltas em 105,50. Principal favorita, a rapidíssima australiana Jessica Fox fez 106,73 e acabou com o bronze. Campe!ã no Rio-2016, a espanhola Maialen Chourraut completou o pódio com a prata com 106,63.

A Estônia surpreendeu e levou o ouro na espada por equipe feminina, ao derrotar na decisão a Coreia do Sul por 36-32. Bronze no individual, Katrina Lehis recebeu pro última confronto empatado em 26-26 e abriu com 10-6 para dar o ouro inédito para a Estônia.

Foram duas finais do levantamento de peso nesta terça-feira. Na final dos 59kg no feminino, ouro para Kuo Hsing-chin, de Taiwan. Ela sobrou na prova para vencer com 236kg no total, sendo 103kg no arranco e 133kg no arremesso, todos recordes olímpicos. Polina Guryeva, do Turcomenistão, conquistou a primeira medalha da história de seu país ao ficar com a prata com 217kg. A japonesa Mikiko Ando foi bronze com 214kg.

Na outra final, nos 64kg, o ouro ficou com a canadense Maude Charron, tamb[em com 236kg, 105kg no arranco e 131kg no arremesso. A italiana Giorgia Bordignon foi prata com 232kg e a taiwanesa Chen Wen-huei foi bronze com 230kg.

A sérvia Milica Mandic sagrou-se bicampeã no taekwondo, na categoria acima de 67kg. Campeã olímpica em Londres-2012, ela derrotou na final a atual campeã mundial, a sul-coreana Lee Da-bin por 10-7. Os bronzes foram para a francesa Althea Laurin e para a britânica Bianca Walkden, tricampeã mundial.

Na decisão do acima de 87kg masculino também no taekwondo, a vitória foi do russo Vladislav Larin, que passou na final por 15-9 sobre o macedônio Dejan Georgievski. Essa foi a 2ª medalha da história da Macedônia do Norte nos Jogos, que buscava o seu 1º ouro. O sul-coreano In Kyo-don e o cubano Rafael Alba completaram o pódio com os bronzes.

A Alemanha sobrou na decisão por equipes do adestramento. Lideradas pela veterana Isabell Werth, de 52 anos e 6 Olimpíadas, a Alemanha somou 8178,0 pontos contra 7747,0 dos Estados Unidos e 7723,0 da Grrã-Bretanha. Com esta vitória, Werth chega a 7 ouros e 4 pratas olímpicas na carreira. Desde Los Angeles-1984, a Alemanha só perdeu esta prova uma vez, em Londres-2012.

Mais em Os Olímpicos