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Bronze de Wendell Belarmino fecha campanha histórica do Brasil na natação

No último dia da natação, Wendell Belarmino fica em terceiro e o Brasil chega a 23 medalhas, oito de ouro, cinco de prata e dez de bronze

Wendell Belarmino medalha de bronze 100 m borboleta jogos paralímpicos tóquio-2020
Miriam Jeske/CPB

O Brasil encerrou na manhã desta sexta-feira sua participação na natação dos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020 com o terceiro lugar de Wendell Belarmino nos 100 m borboleta S11. Com isso, o país fecha a competição com uma campanha histórica. Foram 23 medalhas conquistadas, oito de ouro, cinco de prata e dez de bronze, na edição que foi marcada pela despedida do maior ídolo do país no esporte, Daniel Dias.

“É muito legal fazer parte de tudo isso! Eu fico até arrepiado! É incrível ver que as pessoas estão conhecendo mais o esporte paralímpico, dando valor para isso e tratando a gente realmente como atleta de alto rendimento. Engraçado que no Mundial (em 2019), eu tive a mesma quantidade de medalhas, os mesmos metais, as mesmas cores (ouro, prata e bronze) e no Mundial eu abri as conquistas e aqui eu fechei. Então, não sei, vai ver que eu dou sorte”, comemorou Wendell Belarmino.

De todos os grandes destaques da natação paralímpica do Brasil em Tóquio, o único a entrar na piscina para uma prova individual no último dia da competição foi justamente Wendell Belarmino. Nos 100 m borboleta S11, a nadador teve dificuldades nos primeiros 50 m e virou apenas na sétima colocação, mas, na reta final, deixou quatro adversários para trás e terminou com a medalha de bronze, apenas 47 centésimos a frente do holandês Rogier Dorsman, que ficou em quarto lugar.

“Eu estava com um pouco de medo, estava um pouco desgastado da competição, mas o pessoal estava me incentivando e eu estava bem animado, com muita vontade de nadar essa prova. Eu sempre me divirto na piscina, o que já é bom, e ganhar medalha é melhor ainda. Foi um bronze com gosto de ouro porque eu melhorei minhas marcas em todas as provas. Estou muito satisfeito”, afirmou Wendell Belarmino.

natação campanha histórica jogos paralímpicos tóquio 2020
Maria Carolina Santiago, Gabriel Geraldo, Gabriel Bandeira, Wendell Belarmino e Talisson Glock: os nadadores de ouro em Tóquio

Na Paralimpíada de despedida de Daniel Dias, Wendell Belarmino foi uma das novas estrelas que surgiram ao lado de Maria Carolina Santiago, Gabriel Geraldo Araújo e Gabriel Bandeira, além da confirmação do talento de Talisson Glock.

+GUIA DOS JOGOS PARALÍMPICOS

Aos 36 anos, Maria Carolina Santiago fez sua estreia tardia em Paralimpíadas, mas se tornou o grande nome do Brasil nos Jogos e não só na natação. A deficiente visual faturou três ouros, uma prata e um bronze. Quem mais chegou perto dela foi Gabriel Geraldo com dois ouros e uma prata. Outro que brilhou foi Gabriel Bandeira com um ouro, duas pratas e um bronze.

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Destaque também para Talisson Glock, dono de um ouro e dois bronzes. Tudo isso sem contar com os três bronzes que marcaram a despedida de Daniel Dias, que alcançou o incrível número de 27 medalhas paralímpicas na natação em quatro edições de Jogos disputadas. Para fechar a carreira com chave de ouro, o ídolo será o porta bandeira do Brasil na cerimônia de encerramento no domingo.

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OUTRAS PROVAS

Prata nos 50 m livre S8, Cecília Araújo voltou à piscina para a disputa da final dos 100 m borboleta S8 feminino, mas terminou apenas na sexta colocação com o tempo de 1min26s26. A brasileira tentou acompanhar o ritmo das adversárias e virou em quarto nos 50 m, mas não resistiu na reta final e foi ultrapassada por duas adversárias. A medalha de ouro foi para a americana Jessica Long. Foi a terceira de ouro em Tóquio da nadadora dos Estados Unidos, que também levou duas pratas e um bronze. Na carreira, ela soma 29 pódios paralímpicos com 16 ouros, oito pratas e cinco bronzes.

Nos 100 m borboleta S8 masculino, Gabriel Cristiano de Souza fez uma boa largada e brigou pelas primeiras posições nos primeiros 50 metros. Na virada, estava em quinto lugar, mas perdeu ritmo na segunda metade da prova e acabou terminando na oitava colocação com 1min05s38. O campeão foi o americano Robert Griswold com 1min02s03.

Nos 50 m costas S4, Ronystony Silva ficou na oitava colocação com o tempo de 46s95, enquanto o vencedor foi o russo Roman Zhdanov, que bateu o recorde mundial com 40s99. Já nos 200 m medley SM5, Estefany Rodrigues ficou na sétima posição com a marca de 3min47s92. A vencedora foi a chinesa Lu Dong com 3min20s53.

Para fechar a participação do Brasil, Andrey Garbe, Ruan Souza, Phelipe Rodrigues e Talisson Glock disputaram o revezamento 4 x 100 m medley 34 pontos e terminaram na sétima colocação com a marca de 4min24s61. Quem ficou com a vitória foi a Rússia, que bateu o recorde mundial com 4min06s59.

Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

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