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Tóquio 2020

Formiga se despede das Olimpíadas e deixa recado: ‘Vamos continuar trabalhando’

Recordista em participações nos Jogos, meia de 43 anos pede ao grupo que mantenha pegada e já se prepare para o Mundial

Formiga - Seleção feminina
(Sam Robles/CBF)

A incansável Formiga, símbolo histórico da seleção feminina, não descansa nem mesmo durante sua despedida. Recordista brasileira em participações olímpicas, a meia esperava que sua última Olimpíada durasse um pouco mais. Depois da eliminação para o Canadá, nas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, a meia fez um pedido que ela mesma sempre atendeu: continuar lutando pelo futebol feminino do país.

“Gostaria de estar feliz nesse momento, fazendo mais de 100 jogos, última Olimpíada, querendo a classificação. Mas pênaltis e o futebol como um todo são assim, acontece. Agora é levantar a cabeça, encarar novos jogos, novos campeonatos. Foi o que disse a elas: perdemos uma batalha, mas a guerra continua. Vamos continuar trabalhando e dando sempre o nosso melhor e tenho certeza que essa nova oportunidade de ganhar uma Olimpíada vai acontecer o quanto antes”, projetou.

Confiança no trabalho

Formiga esteve com a Seleção em todas as edições olímpicas desde que o futebol feminino passou a ser disputado, em Atlanta 1996. Foi duas vezes medalhista de prata e chegou às semifinais em outras três oportunidades. Na sétima e última vez, a lenda do esporte brasileiro não conteve as lágrimas e, muito emocionada, reiterou sua confiança no rumo que a Canarinho tem seguido.

“Este é um dos melhores grupos com os quais já trabalhei. Acredito muito no trabalho que está sendo feito aqui, que encantou não só a mim, mas a todas nós. Tenho certeza que as meninas que estão vindo aí terão um pouco mais de tempo para aplicar e entender melhor a filosofia de trabalho da Pia, que está sendo muito importante. Não é porque fomos eliminadas agora que não houve coisas boas. Houve sim, muitas. Agora é levantar a cabeça e pensar já no próximo, porque a gente não pode perder tempo para ficar lamentando”, disse, defendendo o planejamento de longo prazo como crucial para manter a evolução da modalidade.

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“Temos o Mundial pela frente e precisamos acelerar esse processo. É o que disse a elas: futebol é isso, alguém ganha, alguém perde, mas a gente precisa sempre pensar à frente, se cuidar, porque o trabalho vai continuar. Não faltou empenho, não faltou entrega. E tenho certeza que é daqui para melhor”, concluiu Formiga.

Com a derrota para o Canadá nos pênaltis, a seleção feminina dá adeus à disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. A equipe agora volta suas atenções para o próximo ciclo, que inclui as disputas da Copa América e da Copa do Mundo FIFA.

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