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Tóquio 2020

Renato Rezende revela rotina na quarentena após volta dos EUA

Em entrevista exclusiva ao Olimpíada Todo Dia, Renato Rezende fala sobre o adiamento dos Jogos Olímpicos e de sua rotina na quarentena após volta dos EUA

Inspiração - Renato Rezende - Nissan
Renato Rezende conta que estava na melhor forma de sua carreira no momento em que as competições foram suspensas

Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos foram adiados para 2021 por conta da pandemia do coronavírus. O mundo do esporte parou por causa da doença. Todas as competições foram paralisadas e com o BMX não foi diferente. Renato Rezende estava treinando e competindo nos Estados Unidos. Voltou ao Brasil há cinco dias e se colocou em isolamento voluntário na chácara onde vive em Poços de Caldas.

“Eu estava nos Estados Unidos e segui a recomendação do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) para voltar para o Brasil. Cheguei há cinco dias. Estou de quarentena. Não vi ninguém da minha família. Se todo mundo que chegou do exterior, tivesse feito o que a gente fez, talvez não tivesse coronavírus no Brasil ou a proporção seria muito menor”, acredita o ciclista em entrevista exclusiva concedida no instagram do Olimpíada Todo Dia. Ele diz que armou uma operação com a ajuda de seus familiares para conseguir ter em casa condições de treinar e de se alimentar.

“Antes de chegar em casa, minha sogra trouxe comida para duas semanas e meu irmão trouxe os equipamentos de academia. Não encontrei com ninguém e estou em casa junto com minha esposa, que estava comigo nos Estados Unidos. Os treinos que estou fazendo me ajudam a não ficar doido”, brinca Renato Rezende, que representou o Brasil no ciclismo BMX nas Olimpíadas de Londres e do Rio de Janeiro.

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Renato Rezende admite que poderia até usar a pista que tem em Poços de Caldas para treinar, mas prefere não correr riscos. “Se eu for sozinho na pista, a chance de eu me contaminar ou contaminar alguém é pequena. Mas e se eu cair e precisar ir pra um hospital? BMX é um esporte de risco e a gente não pode correr risco”, afirma, se referindo ao fato de não ser a hora de sobrecarregar ainda mais o nosso sistema de saúde, que tenta se organizar e se preparar para atender às vítimas do coronavírus.

“Como não tem competição, até o Mundial, que seria em maio, foi adiato e não tem data, tem que ficar em casa e se manter ativo. Dá pra fazer muitos treinos em casa. Eu consegui alguns pesos e equipamento da academia da minha família. Se não tivesse, ia ter que dar outro jeito, fazer exercícios com o próprio peso do corpo e ficar saltando que nem doido”, brinca.

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A única coisa que Renato Rezende lamenta é que as competições pararam justamente no momento em que ele se considerava em grande forma. “Eu estava falando com meus treinadores sobre isso e eu estava me sentindo muito bem. Nunca me senti tão bem, batendo os meus melhores tempos. Estava muito bem e com muita vontade de competir. Competi uma prova em Houston e já queria outra prova pra competir, mas não tem outra prova competir e ainda não dá nem para saber quando vai ter de novo”, lamenta.

Apesar disso, Renato Rezende tem consciência e sabe que a medida de adiar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos era a melhor decisão a ser tomada. “Eu, como a maioria dos atletas, já esperava por isso. Especialmente depois que o COB se posicionou e vários comitês olímpicos também. Acho que a decisão foi inteligente e foi bem unânime”, completou.

Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

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