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Tóquio 2020

Inícios no esporte distintos que podem ter desfecho igual

Milena Titoneli teve começo no taekwondo diferente de Natália Falavigna, mas pode repetir história da medalhista olímpica

Milena Titoneli busca repetir feito de Natália Falavigna (montagem/OTD)

A introdução de Natália Falavigna e Milena Titoneli no universo do taekwondo ocorreu de um modo totalmente diferente. A primeira, medalhista olímpica, campeã mundial, e hoje coordenadora de seleções da CBTKd (Confederação Brasileira de Taekwondo) sempre desejou participar de uma Olimpíada, não necessariamente no esporte que ajudou a construir.

Um começo diferente

“Eu quis ser atleta antes de conhecer o taekwondo. Desde os quatro anos falava que queria ir para a Olimpíada, ser campeã do mundo. Aí fui passando por várias modalidades… vôlei, futebol, basquete… Só fui conhecer o taekwondo com 14 anos,” relembrou Natália Falavigna em uma live do Time Brasil.

Campeã dos Jogos Pan-Americanos de Lima e já classificada para a Olimpíada de Tóquio, Milena Titoneli “caiu de para-quedas” no esporte por uma questão de peso.

“Eu não me dava bem com quase nenhum esporte. Mas precisava fazer algum por questão de saúde. Em 2011, procurei o tênis de mesa. Mas, nos horários que eu podia fazer por conta da escola, só conseguia vaga no taekwondo e judô. E aí acabei me apaixonando pelo taekwondo,” contou Milena.

… que pode ter um desfecho igual

Se a trajetória das duas no mundo do taekwondo não começou de maneira similar, tem tudo para ser parecida daqui há um ano. Natália Falavigna entrou para a história ao conquistar a primeira medalha para o Brasil em Jogos Olímpicos em Pequim-2008 aos 24 anos de idade, dois a mais do que Milena Titoneli terá na Olimpíada de Tóquio-2020.

É verdade que dois anos a mais fazem diferença. Em 2008, Natália Falavigna já tinha a experiência de ter participado de uma edição de Jogos Olímpicos quatro anos antes, algo que Milena Titoneli não tem. A coordenadora de seleções, entretanto, acredita que a jovem chegará ao Japão mais preparada do que ela esteve em sua primeira participação olímpica.

+ Todas as medalhas do Brasil em Jogos Olímpicos

“A Milena tem muito mais experiência que eu tinha na época da minha primeira Olimpíada. Eu a vejo extremamente pronta apesar da pouca idade. Ela é uma das atletas que têm condições de representar muito bem o Brasil e de conquistar uma medalha,” analisou Natália.

Inspiração

Milena Titoneli começou sua carreira no taekwondo em 2011, três anos depois do bronze de Natália nos Jogos Olímpicos de Pequim. A atual atleta da seleção, entretanto, revelou que a coordenadora da seleção sempre foi uma inspiração no esporte.

“Em 2012 eu estava começando a treinar e me lembro de acordar de madrugada pra assistir sua luta em Londres [nos Jogos Olímpicos]. Ali eu posso dizer que começou um grande sonho para mim. De estar nas Olimpíadas e ser campeã olímpica,” revelou Milena.

Com inícios no taekwondo totalmente distintos, Natália Falavigna e Milena Titoneli podem ter um desfecho igual nos Jogos Olímpicos de Tóquio
Natália Falavigna com a medalha de bronze dos Jogos Olímpicos de Pequim. (Instagram/Nataliafalavigna)

Tudo para repetir a dose

O feito de Natália Falavigna tem tudo para ser repetido em Tóquio. Não só por Milena Titoneli, mas por todos os atletas da nova geração do taekwondo, que fez história nos Jogos Pan-Americanos de Lima no ano passado. Com o recorde de sete medalhas conquistadas no Peru, os atletas brasileiros da modalidade lutam agora para repetir o sucesso da capital peruana no Japão Olimpíada de Tóquio no ano que vem.

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