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Seleção Brasileira

Melhor do Brasil em 2018, revelação aposta em sucesso do golfe para Tóquio-2020

Luiza Altmann, ganhadora do Prêmio Brasil Olímpico 2018 no golfe, aposta que a modalidade terá um lugar de destaque na próxima Olimpíada

Recolocado no programa olímpico para a Olimpíada Rio-2016, o golfe sofreu com a ausência de suas principais estrelas. Muitos alegaram medo de contaminação pelo vírus zika [houve um surto da doença no início daquele ano] e a desistiram de viajar para o Brasil. Há um receio de que novo fiasco em Tóquio-2020 poderia comprometer o futuro da modalidade nos próximos Jogos Olímpicos. Luiza Altmann, uma das revelações do golfe brasileira e vencedora do Prêmio Brasil Olímpico 2018, aposta justamente no contrário.

Luiza Altmann começou a participar de torneios profissionais este ano (Crédito: Tristan Jones/Divulgação)

“Eu tenho certeza de que a Olimpíada de Tóquio irá fazer com que o golfe se fortaleça ainda mais. Será um sucesso”, assegura Luiza, que na última quarta-feira foi anunciada como uma das ganhadoras do Prêmio Brasil Olímpico, que é concedido pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil) aos melhores de cada modalidade.

Com apenas 20 anos, Luiza começou a participar de torneios profissionais neste ano, tendo se classificado para participar de etapas do Ladies European Tour, um dos principais circuitos do mundo de golfe. Ela já ocupa a condição de terceira melhor golfista do Brasil (1040 no ranking mundial) atrás das experientes Victoria Lovelady (984) e Luciane Lee (1012). A meta, contudo é bem mais alta.

“Eu me vejo chegando nas Olimpíadas, é o que mais quero, especialmente depois que eu assisti no Rio”, diz Luiza, que aos 13 anos se mudou com a família para os Estados Unidos, para se aperfeiçoar no gole, que começou a praticar aos cinco anos.

Hoje, mora em Orlando, onde também divide o tempo entre os treinos e a faculdade de administração. Lá, segundo ela, consegue conciliar bem os estudos e participar de um calendário mais completo de eventos.

Medo exagerado

A falta das grandes estrelas nos Jogos de 2016 não deixa a golfista preocupada. “Houve um certo exagero naquele medo dos atletas não viajarem ao Brasil. Hoje, pelo que converso com meus colegas, todos estão empolgados com o fato do golfe ser um esporte olímpico. Acho que a próxima Olimpíada tem tudo para ser um sucesso”, disse Luiza.

Em 2015, ela já experimentou o gosto de representar o Brasil em uma grande competição, ao integrar o time feminino nos Jogos Pan-Americanos de Toronto-2015. “Foi uma experiência sensacional viver aquele clima na Vila Pan-Americana, meus olhos brilhavam, adorei aquele atmosfera”, relembra.

Da competição em si, porém, Luiza Altmann não tem muitas saudades. Ela acabou sendo desclassificada, segundo ela por um erro de uma adversária.

“Cada atleta tem que anotar os 18 buracos da outra oponente. Só que a menina que estava marcando os meus, esqueceu de anotar três buracos. Com isso, acabaram me desclassificando”, afirmou a golfista brasileira, que inclusive vem participando de avaliações físicas periódicas no CT do COB, no Rio de Janeiro.

“Estou focando muito nesta liderança do ranking brasileiro. Se conseguir boas classificações nos torneios que disputar na próxima temporada, acho que tenho chances de ir à Olimpíada”, afirmou Luiza.

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