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Pan 2019

Remo brasileiro quer melhorar campanha de Toronto

Divulgação CBR

Após uma campanha decepcionante em Toronto 2015, o remo brasileiro foi ao Jogos Pan-Americanos de Lima 2019 com um novo plano: investir nas guarnições para garantir um desenvolvimento sustentável à modalidade. O objetivo é melhorar os resultados da última edição, em que o Brasil teve uma solitária medalha de prata, no single skiff peso leve, com Fabiana Beltrame.

Nesta edição, a equipe brasileira será composta por 20 atletas (15 no masculino e 5 no feminino). Três dos quatros remadores que estiveram nos Jogos Olímpicos Rio 2016 estarão presentes – Xavier Vela, Willian Giaretton e Vanessa Cozzi –, mas até para eles a palavra de ordem é mudança. Xavier e Willian desfizeram a parceria no dois sem, mas brigarão por medalha no oito com; já Vanessa competirá sozinha, tentando dar sequência aos pódios brasileiros no single skiff leve.

“Podemos esperar ótimos resultados. Tivemos uma prévia no Pré Pan, realizado no Rio, no fim de 2018, que servia como seletiva para Lima. Classificamos todos os nossos barcos, apesar do pouco tempo de treinamento das guarnições”, disse Vanessa Cozzi.

O surgimento de talentos nunca foi um problema para o remo brasileiro. A própria Vanessa dá embasamento à tese: abandonou a natação aos 28 anos e, em menos de três anos, estava disputando o Rio 2016 na nova modalidade. Porém, para voltar a ter destaque no cenário internacional, o remo brasileiro decidiu mudar sua estratégia e investir no entrosamento das guarnições com quatro atletas.

Em Lima 2019, o Brasil disputará as provas de quatro scull masculino e feminino, quatro sem peso leve e até o oito com masculino.

“Sabemos que os barcos menores são desenvolvidos pelo clube e apresentam resultados interessantes a nível continental. Eles serão sempre atendidos e farão parte do programa, mas o sistema como um todo vai focar no desenvolvimento de barcos coletivos, prioritariamente a quatro. É um projeto que envolve pelo menos dois ciclos olímpicos e acredito que assim a gente consiga mudar a realidade do remo brasileiro”, afirma Marcello Varriale, diretor técnico da Confederação Brasileira de Remo (CBR).

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