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Sem treino, snowboarder André Cintra faz expedição de kitesurf

Impedido de treinar na neve por conta da pandemia, paratleta olímpico e amigo testam limites nos Lençóis Maranhenses

André Cintra está impedido de treinar Snowboard por conta da pandemia
André Cintra está impedido de treinar Snowboard por conta da pandemia (Bruna Toledo)

Impedido de treinar e participar de competições na neve em razão da pandemia do coronavírus, o snowboarder paralímpico André Cintra foi em busca de novas aventuras.

André participou de uma expedição de kitesurf em uma região exótica do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. O paratleta, que esteve nos Jogos de Inverno na Rússia e Coréia do Sul, visitou uma região pouco habitada, selvagem e de difícil acesso, com alimentação restrita ao longo de quatro dias.

“Eu gostaria muito de ir pra neve, realizar meus treinamentos e participar de competições, mas como os países estão fechados, eu tive que me adaptar e escolher um local pra poder praticar um esporte de prancha  no Brasil. E mais uma vez foi surpreendente. Nosso país é lindo e sempre é valioso visitar lugares especiais como esse”, destaca o atleta.

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Aventura

Andre Cintra utiliza uma prótese adaptada para cada um dos esportes radicais que pratica, como o kitesurf. Acompanhado do amigo e filmmaker Andre Penna, ele enfrentou diversos perrengues ao longo da viagem.

André Cintra realiza expedição de kitesurf em lugares inexplorados do Maranhão
André Cintra realiza expedição de kitesurf em lugares inexplorados do Maranhão (Bruna Toledo)

“Saímos de São Paulo e desembarcamos em São Luis. De lá, seguimos até a pequena Santo Amaro, em uma viagem de mais de quatro horas de carro desde a capital do Maranhão. Lá, dormimos em redes, nas casas simples dos locais. Para chegarmos até os locais de velejo com o kite enfrentamos inúmeros desafios para alcançar pontos nada explorados dos Lençóis Maranhenses. Imagina isso tudo com a prótese, não foi nada fácil mesmo, mas adorei a experiência”, explica.

Além de praticar kitesurf nas cristalinas lagoas da região, Andre Cintra teve que aprender a velejar de outra maneira: sem as quilhas do kite.

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“Aprendi a velejar na areia, com o trenó nas dunas entre os pântanos, em áreas de restinga, com vegetação baixa e em pontos que eles chamam de alagados, com pouca água. Foi uma experiência incrível em meio a uma paisagem simplesmente espetacular. O Maranhão sempre surpreende com sua beleza e preservação”, finaliza o atleta.

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