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Paralimpíadas escolares foram essenciais para Alex Melo

Labrador começou no esporte em 2009 e disputou a competição escolar logo no primeiro ano na modalidade

Alex Melo, também conhecido pelo apelido “labrador”, participou da Live Paralímpica no perfil do CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) no Instagram, na última terça-feira (23). Na conversa, o atleta de goalball contou como as Paralimpíadas Escolares foram importantes para o seu início de carreira e também para a Seleção Brasileira masculina.

A transmissão deu sequência ao conjunto de ações feitas pelo CPB durante a pandemia do Covid-19. Ao todo, já foram realizadas 24 lives, sendo nove sobre natação paralímpica, nove da série Live Paralímpica e seis da série Live Tamo Junto, parceria entre o CPB e o COB.

Alex Melo nasceu com estrabismo e problemas no nervo óptico e conheceu o goalball em 2009. Sua primeira competição foram as Paralimpíadas Escolares, no mesmo ano, em Brasília.

“Foi um evento muito importante não apenas para mim, mas também para vários outros atletas. A base da Seleção atual é formada por atletas descobertos nas Paralimpíadas Escolares, como Leomon, Parazinho, Emerson e eu”, comentou o jogador.

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Organizada pelo CPB, a competição escolar é o maior evento do mundo para atletas com deficiência em idade estudantil. Em 2019, as disputas reuniram mais de 1.200 atletas de todas as unidades da federação no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. Alex Melo também contou como surgiu o apelido de “labrador”, ainda no início de carreira.

“Eu tinha baixa visão, então acabava guiando os atletas que não enxergavam. Começaram a me chamar de ‘labrador’ em referência ao cão-guia que no Brasil, em sua maioria, é da raça labrador”, explicou o atleta de 25 anos.

Arremesso exclusivo

Ele também explicou as principais regras do goalball que, ao contrário de outras modalidades paralímpicas, foi desenvolvido exclusivamente para pessoas com deficiência visual, e o motivo de ser um dos atletas homens da equipe nacional que utiliza o arremesso por entre as pernas.

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“Quando comecei a jogar eu achei mais fácil fazer assim. Por insistência do técnico eu tentei fazer o arremesso normal, com giro, mas eu não conseguia colocar tanta potência e adotei o pelo meio das pernas. Na Europa, por exemplo, não tem esse tipo de arremesso, é uma característica do goalball brasileiro. A Seleção feminina utiliza muito”, contou.

O carioca é ala na Seleção Brasileira de goalball masculina e participou da equipe campeã mundial em Malmö 2018 e campeã parapan-americana em Lima 2019. O bicampeonato mundial conquistado na Suécia garantiu ao Brasil vaga para os Jogos Paralímpicos de Tóquio.

Nacionalmente, ele representa o time do Sesi São Paulo, que faturou o ouro na Copa goalball, maior competição da modalidade no país, em 2019.

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