Siga o OTD

Paralimpíada Todo Dia

Conheça os indicados a Melhores do Ano no Prêmio Paralímpicos

Petrúcio Ferreira, Daniel dias e Alessandro Rodrigo concorrem no masculino e Beth Gomes, Carol Santiago e Jerusa Geber no feminino

Petrúcio Ferreira no Mundial de Atletismo Paralímpico em Dubai Jogos Paralímpicos Tóquio
(Daniel Zappe/Exemplus/CPB)

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) revelou os indicados ao prêmio de Melhores do Ano por gênero do Prêmio Paralímpicos 2019. Ao todo, três atletas foram indicados no masculino e três no feminino. A 9ª edição do Prêmio acontece no dia 17 de dezembro no Hotel Unique, em São Paulo.

No masculino, os indicados são os paulistas Alessandro Rodrigo, do atletismo, Daniel Dias, da natação, e o paraibano Petrúcio Ferreira, também do atletismo. Já no feminino a honraria será disputada pela paulista Beth Gomes, atletismo, a pernambucana Carol Santiago, da natação, e a acreana Jerusa Geber, do atletismo. 

Os atletas foram indicados por suas performances nos respectivos mundiais das modalidades e Jogos Parapan-Americanos de Lima.

Veja também:
Participe da votação para o ‘Atleta da Galera’ do Prêmio Paralímpicos

Na capital peruana, em agosto, o nadador Daniel Dias (classe S5) faturou sua 32ª medalha de ouro em Jogos Parapan-Americanos. Carol Santiago (S12) deixou Lima com dois ouros e no Mundial da modalidade, que aconteceu em Londres, ela faturou dois ouros e duas pratas.

Já o atletismo teve o seu Mundial em novembro e na ocasião o velocista Petrúcio Ferreira (T47) se tornou o atleta paralímpico mais rápido do mundo. Jerusa Geber (T11) consagrou-se campeã mundial nos 100m e é a primeira atleta cega a correr os 100m em menos de 12s.

Beth Gomes (F52) faturou o ouro no Lançamento de disco com recorde mundial da prova. Também no campo, Alessandro Rodrigo (F11) ganhou o ouro no lançamento de disco e bronze arremesso de peso. 

O Prêmio Paralímpicos encerra o calendário do CPB e premia os destaques esportivos da temporada. Esta edição contará com a premiação dos melhores atletas da temporada em cada modalidade paralímpica, melhores do ano por gênero, Atleta Revelação, além dos melhores técnicos de modalidades individuais e coletivas e clubes.

Também serão entregues o Prêmio Aldo Miccolis (um dos pioneiros do esporte adaptado no Brasil), que homenageia pessoas que dedicaram sua vida ao esporte paralímpico, o Prêmio Personalidade Paralímpica, para quem contribuiu para o Movimento na temporada.

Confira abaixo os perfis completos dos atletas indicados ao Melhor do Ano por gênero:

Masculino

Alessandro Rodrigo
Modalidade: Atletismo
Classe: F11
Alessandro se tornou deficiente visual total por conta da toxoplasmose. Conheceu o esporte paralímpico por meio de um ex-professor que o apresentou à prova de arremesso. Em 2019, conquistou ouros no lançamento de disco e arremesso de peso nos Jogos Parapan-Americanos de Lima e ouro no lançamento de disco, onde se tornou recordista mundial e bronze no arremesso de peso no Mundial de Atletismo, em Dubai.

Alessandro Rodrigo foi ouro no Mundial de Atletismo Paralímpico de Dubai
Ale Cabral/CPB

Daniel Dias
Modalidade: Natação
Classe: S5
Daniel tem má-formação congênita dos membros superiores e da perna direita. Descobriu o paradesporto ao assistir pela TV o nadador Clodoaldo Silva em uma das provas dos Jogos Paralímpicos de Atenas 2004. Daniel já recebeu o troféu Laureus, considerado o “Oscar do Esporte” por três vezes: em 2009, 2013 e 2016. Neste ano, conquistou um ouro, uma prata e dois bronzes no Mundial de Londres; seis ouros nos Jogos Parapan-Americanos Lima e o recorde das Américas na prova de 50m livre.

Petrúcio Ferreira
Modalidade: Atletismo
Classe: T47
Petrúcio sofreu um acidente com uma máquina de moer capim aos dois anos e perdeu parte do braço esquerdo, abaixo do cotovelo. O paraibano gostava de jogar futsal e sempre foi muito rápido, e a velocidade chamou a atenção de um treinador. Neste ano, conquistou ouro nos 100m e nos 400m e prata no revezamento 4x100m nos Jogos Parapan-Americanos de Lima e ouro nos 100m e nos 400m no Mundial de Atletismo em Dubai, onde bateu o recorde mundial nos 100m e se tornou o paralímpico mais rápido do mundo.

Petrúcio Ferreira, do atletismo paralímpico
(CPB/arquivo)

Feminino

Beth Gomes
Modalidade: Atletismo
Classe: F52
Em 1993, Elizabeth levava uma vida de jogadora de vôlei quando foi diagnosticada com esclerose múltipla. Demorou para aceitar a doença até conhecer o basquete em cadeira de rodas, em Santos. Descobriu o atletismo no mesmo local onde treinava. Em 2019, conquistou ouro no lançamento de disco nos Jogos Parapan-Americanos de Lima e no Mundial de Atletismo em Dubai, onde bateu o recorde mundial da prova.

Carol Santiago
Modalidade: Natação
Classe: S12
Carol nasceu com Síndrome de Morning Glory, alteração congênita na retina que reduz seu campo de visão. Praticou natação convencional até o fim de 2018, quando migrou para o esporte paralímpico. Neste ano, a pernambucana conquistou dois ouros e duas pratas no Mundial de Londres; quatro ouros nos Jogos Parapan-Americanos de Lima; dois recordes mundiais e três recordes das Américas.

Jerusa Geber
Modalidade: Atletismo
Classe: T11
Jerusa nasceu totalmente cega. Ao longo da vida, fez algumas cirurgias que possibilitaram que ela enxergasse um pouco, mas aos 18 anos voltou a perder totalmente a visão. Conheceu o esporte paralímpico aos 19 anos a convite de um amigo também deficiente visual. Em 2019, conquistou ouro nos 100m e nos 200m nos Jogos Parapan-Americanos de Lima e ouro nos 100m no Mundial de Atletismo, em Dubai.

Jerusa Santos
Jerusa Santos (Daniel Zappe/Exemplus/CPB)

Mais em Paralimpíada Todo Dia